Deputado cobra pagamento de progressões para professores

Por Maisa Medeiros-AL e Elpídio Lopes
07/08/2015 17h03 - Publicado há 8 anos
Eduardo Siqueira pede negociação entre Governo do Estado e Professores em greve
Eduardo Siqueira pede negociação entre Governo do Estado e Professores em greve
Clayton Cristus / HD

O pagamento das progressões dos servidores da área da Educação paralisados há cerca de 60 dias foi um dos assuntos abordados na sessão desta quinta-feira, dia 6. Da tribuna, o deputado Eduardo Siqueira Campos (PTB) cobrou do Executivo o pagamento dos benefícios aos profissionais em greve e criticou a gestão estadual sobre as falhas na negociação com a categoria. Ele também lamentou aquilo que chamou de “propaganda enganosa do Governo”, que exalta a situação da Educação no Estado, enquanto os professores continuam em greve e os alunos sem aula.

Os servidores da Educação solicitam o pagamento das progressões de 2013 e 2014 a partir do próximo mês, sendo que a de 2014 seria parcelada em seis vezes e, a de 2015, de agosto a dezembro de 2016. O problema é que a categoria decidiu manter a paralisação que já atinge cerca de 150 mil alunos porque o Governo fez a proposta de cumprir o pagamento das progressões apenas em 2016, após o ato da publicação previsto para o próximo ano.

Outro assunto abordado por Eduardo diz respeito a uma emenda que pretende apresentar a fim de que a administração estadual realize o pagamento do salário dos servidores públicos até o quinto dia útil do mês. Atualmente, os funcionários públicos recebem seu salário no dia 13.

O deputado José Bonifácio (PR) defendeu o Executivo ao destacar que entende a preocupação da gestão em não pagar as progressões neste ano em virtude dos problemas financeiros do Estado. “Acredito que os professores deveriam ser mais compreensivos e se unir ao Governo, que enfrenta dificuldades na busca de uma negociação em benefício dos alunos”, afirmou.

Por sua vez, o deputado Zé Roberto (PT) lembrou o dia 6 de agosto, que marca os 70 anos do lançamento da bomba atômica sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, como uma data triste para a humanidade. O parlamentar citou o acontecimento, que matou mais de 80 mil pessoas, como “um ato de covardia do governo dos Estados Unidos, com sequelas até hoje ao povo japonês”. 

O deputado aproveitou o momento para agradecer ao governador Marcelo Miranda (PMDB) a sanção de matéria de sua autoria.  Aprovado no início de julho, o projeto agora tornado lei dispõe sobre a obrigatoriedade da afixação, nas recepções de unidades de saúde públicas e privadas do Estado, das escalas de trabalho de médicos, enfermeiros e outros servidores ligados à saúde dos pacientes. (Maisa Medeiros e Elpídio Lopes)