Comissão vai propor ao Governo melhorias na segurança pública

Por Glauber Barros-AL
18/11/2015 15h20 - Publicado há 8 anos
Segurança Pública em debate na Assembleia Legislativa
Segurança Pública em debate na Assembleia Legislativa
Benhur de Souza / HD / Mais imagens

A Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa reuniu-se no início da noite desta terça-feira, dia 17, na sala da presidência com representantes de entidades federais, municipais e sindicais para avaliar as deficiências da área no Tocantins. Ao fim do encontro, decidiu-se que os sindicatos vão propor uma lista de sugestões que os deputados se comprometeram a estudar e encaminhar ao Governo do Estado, que não enviou representantes.

Em seu discurso de abertura, o presidente da Comissão, deputado Nilton Franco (PMDB), apresentou dados que embasam a preocupação dos parlamentares com o assunto. De acordo com Franco, o Tocantins é o quarto estado que mais gasta com segurança pública no Brasil, mas em contrapartida está nas últimas posições quanto à criminalidade. “Então, tem alguma coisa errada”, concluiu.

Para a deputada Luana Ribeiro (PR), o problema é de gestão. Com números fornecidos pelos sindicalistas, o deputado Ricardo Ayres (PSB) comentou que os profissionais do setor estão mal distribuídos. Um exemplo seria o da Secretaria de Defesa Social que contaria com 326 servidores cedidos pela Polícia Civil, ao passo que na PC faltariam profissionais. Ayres defendeu a lotação dos servidores exclusivamente no setor para o qual prestaram concurso público.

Questionados sobre o caso de Pindorama, em que um policial militar morreu em uma suposta troca de tiros com agentes da PF, o delegado da Polícia Federal, Klaibey Mota Lopes afirmou que a investigação se encontra adiantada e que, em breve, os resultados serão divulgados ao público.

Quanto aos frequentes assaltos a agencias dos Correios no interior do Estado, o delegado comentou que isso se deve, principalmente, a uma política da estatal, que funciona como banco, mas não adota as mesmas precauções de outras instituições financeiras. Em seguida, a deputada Luana Ribeiro anunciou a informação de que o Supremo Tribunal Federal (STF) já obrigou a empresa a tomar aquelas precauções em até um ano.

Outro ponto discutido na reunião foi as condições de trabalho de policiais civis. Desde problemas na estrutura das delegacias até falta de combustível para as viaturas, os sindicalistas citaram 17 cidades sem policiamento e regionais subpoliciadas. Ricardo Ayres comentou que o Executivo já enviou para a Assembleia um projeto de criação de um fundo exclusivo para a área da segurança pública.

O direito a posse de arma de fogo pelos agentes terceirizados nas penitenciárias do Estado foi outro ponto abordado. De acordo com sindicalistas, apenas policiais civis concursados têm esse direito. Informados da suposta irregularidade, os delegados da PF presentes à reunião disseram que vão averiguar o caso.

Também compareceram familiares do policial militar Wiratan Fraga Santos, morto em Pindorama. Emocionados, eles pediram justiça aos delegados da PF e defenderam a inocência de Wiratan.

Participaram da reunião ainda os parlamentares Zé Roberto (PT), Olyntho Neto (PSDB), Valdemar Júnior (PSD) e Wanderlei Barbosa (SD).