Paulo Mourão elogia mudanças no ensino médio propostas por Temer

Por Elpídio Lopes/AL
04/10/2016 15h08 - Publicado há 7 anos
Para o parlamentar, 70% dos jovens da região do Bico estão fora da sala de aula
Para o parlamentar, 70% dos jovens da região do Bico estão fora da sala de aula
Isis Oliveira / HD
O deputado Paulo Mourão (PT) foi à tribuna da Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira, 27, para elogiar e defender a reforma curricular do ensino médio apresentada, dia 22 deste mês, pelo Governo Temer. Para o parlamentar, a juventude que deveria ser bem qualificada para o mercado de trabalho, na atual modalidade de ensino, está sendo excluída do desenvolvimento.

Mourão afirmou que o novo modelo de formação vai fazer com que o jovem brasileiro e tocantinense possa se interessar mais pelos estudos. Para ele, o fato dos estados terem maior responsabilidade no processo de qualificação educacional será positivo. “Hoje, os jovens de 18 a 24 anos não conseguem dar continuidade aos estudos, alguns por falta de condições financeiras, problemas familiares ou por estarem em regiões muito pobres, sem assistência das políticas públicas educacionais, o que, de certa forma, desmotiva a juventude”, disse.

Conforme as palavras do petista, em torno de 60% da população de 18 a 24 anos em Palmas, Porto Nacional, Araguaína, Gurupi e Paraíso estão fora da sala de aula. Na região sudeste, a média é de 83% na mesma faixa etária, e, na região do Bico do Papagaio, o índice é de 70 a 73%. “Isso é a evidência de que há um processo desmotivador do jovem e esta desmotivação está dentro da sala de aula. Vejo com muita simpatia e alegria a possibilidade dessa modificação, dessa modernização do currículo do ensino médio no Brasil”, disse.

Medida Provisória

A reforma foi apresentada por meio de uma medida provisória que só obriga o estudo de matemática, português e inglês. O Governo federal propõe na matéria que o ensino médio seja oferecido na modalidade de tempo integral com foco na especialização do aluno. A matéria gerou controvérsia não só pelo conteúdo como também pela forma como foi apresentada, por medida provisória, ou seja, sem a oportunidade de discussões anteriores à vigência.

A intenção do Governo foi acelerar as mudanças, mas o próprio Ministério da Educação avalia que isso só deve começar a acontecer em 2018. Mesmo sendo uma medida provisória, que passa a valer imediatamente, a proposta terá que ser votada pelo Congresso, que pode ainda fazer modificações. (Elpídio Lopes)