Alunos portadores de deficiência podem ganhar novos centros de atendimento

Por Glauber Barros- AL
26/06/2017 16h27 - Publicado há 6 anos
Zé Roberto comprometeu-se ainda a avaliar outras formas de atender às reivindicações apresentadas
Zé Roberto comprometeu-se ainda a avaliar outras formas de atender às reivindicações apresentadas
Koró Rocha / HD

A apresentação de emendas parlamentares para a criação de centros especializados no atendimento de alunos deficientes foi uma promessa feita pelo deputado Zé Roberto (PT) ao fim da audiência pública que discutiu o tema da educação inclusiva. Realizada nessa quinta-feira, dia 22, e requerida pelo parlamentar, a reunião contou com a participação de mães de crianças e adolescentes especiais, bem como dirigentes e professores.

Zé Roberto comprometeu-se ainda a avaliar outras formas de atender às reivindicações apresentadas, seja por projetos de lei e continuação de novos debates que resultem na difusão do sistema de libras, seja pela cota mínima para a contratação de portadores de deficiência em concessionárias do Estado e na melhoria da formação de professores para a área.

Durante a reunião, uma boa ideia dos desafios enfrentados diariamente por pais de autistas foi dada por Rosa Helena de Carvalho, presidente da Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Palmas. O foco de sua crítica se dirigiu ao município de Palmas, que, segunda ela, atrasa anualmente o início do ano letivo aos alunos excepcionais em dois meses e causa transtornos às famílias.

“Se o cuidador está doente, o filho não pode ir para a escola. Eles já sabem que há a demanda, mas, todo ano, a criança fica em casa dois meses”, disse Rosa Helena. “É falta de planejamento. A criança só vai para a sala de aula quando a família vai [expor o problema] para a televisão”, comentou.

Presidente da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Palmas (Apae), Aparecida Guedes apontou a falta de profissionais para o atendimento de saúde. “Temos poucos profissionais como fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Às vezes, não dispomos de dinheiro para pagar um litro de leite”, desabafou.

Para Zé Roberto, a reunião foi um passo importante. “Em 27 anos de história de Casa, esta é a primeira vez em que se discute o assunto. Nós nunca fizemos esse debate aqui. A gente precisa mostrar que o problema existe se quisermos a atenção do Estado”, avaliou.

Também participaram da reunião as deputadas Valderez Castelo Branco (PP) e Amália Santana (PT). (Glauber Barros)