AL pode criar CPI do narcotráfico

Por Diretoria de Comunicação Social / TO
22/08/2007 12h24 - Publicado há 17 anos
Deputado Júnior Coimbra
Deputado Júnior Coimbra
Diretoria de Comunicação / HD
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o narcotráfico no Estado deve ser instalada na Assembléia Legislativa. A sugestão foi feita pelo deputado Júnior Coimbra (PMDB) na sessão ordinária desta terça-feira, dia 6. Para o deputado, “é grave o fato de o Tocantins ter ex-candidatos envolvidos, inclusive, em tráfico internacional de drogas”. A referência de Júnior Coimbra é ao ex-candidato à prefeitura de Tupiratins, Milsivam Chavier dos Santos, conhecido como Parceirinho, que foi preso na sexta-feira, dia 2, pela Polícia Federal (PF), com mais de 500 quilos de cocaína. O deputado acredita que a Assembléia pode “contribuir muito” com a PF. “Como representantes do povo, temos que ajudar na apuração dos fatos e buscar as pessoas do Estado envolvidas em narcotráfico”. Os deputados Cacildo Vasconcelos (PP) e Sargento Aragão (PPS) já se manifestaram, em plenário, que assinam o requerimento para a abertura da CPI do Narcotráfico no Parlamento. Agora, o deputado Júnior Coimbra precisa da assinatura de dois terços dos deputados para criar uma CPI. Ofensa Os deputados da União do Tocantins sentiram-se ofendidos com o pronunciamento de Júnior Coimbra, quando o parlamentar afirmou que o Jornal Nacional divulgou que o dinheiro do traficante Parceirinho seria usado na campanha eleitoral de 2006. Parcerinho era filiado ao partido utista PSDB e pretendia ser candidato a deputado estadual nas próximas eleições. “Ele já foi expulso”, enfatizou o deputado Vicentinho Alves, acrescentando que qualquer partido está sujeito a ter membros de natureza duvidosa. “Não se pode generalizar. Somos deputados honrados e merecemos respeito”, defendeu-se. Já o deputado Júnior Coimbra esclareceu que apenas citou “envolvimento político”.