Aragão denuncia grilagem

Por Diretoria de Comunicação da Assembléia/TO
22/08/2007 12h24 - Publicado há 17 anos
Deputado Sargento Aragão
Deputado Sargento Aragão
Diretoria de Comunicação / HD
O alvo das denúncias feitas pelo deputado Sargento Aragão (PPS) na sessão ordinária de hoje, dia 24, foi o ex-governador Siqueira Campos. Aragão o acusou de “grilagem” em algumas áreas desapropriadas em 1989 para a instalação da Capital. “Registro a indignação de grilagens de terras no Tocantins na primeira gestão do indivíduo que se diz chamar José Wilson Siqueira Campos”, condenou. O deputado informou que esta é apenas a primeira de muitas acusações que serão feitas por ele. Todos os deputados presentes escutaram atentos as denúncias, com exceção dos que compõem a União do Tocantins que se retiraram do plenário quando Aragão subiu à tribuna. Sargento Aragão afirmou ter provas documentais que o Estado pagou “uma quantia irrisória” pelas terras que pertenciam ao senhor Leontino Soares Milhomem há mais de 50 anos e que, em seguida, foram vendidas a “um laranja”, o senhor José Carlos Camargo. “Foram tomadas terras de pessoas inocentes. Seu Leontino foi retirado de suas terras por policiais”, lamenta. De acordo com o deputado, a terra foi desapropriada com a intenção de ser adquirida pelo então governador José Wilson Siqueira Campos e não para abrigar a Capital, como era o objetivo da desapropriação. Segundo o parlamentar, José Carlos recebeu o título definitivo de 1004 hectares, expedido pelo Itertins, em 13 de março de 1991. Aragão comentou que a área fica onde antes existia a “Fazenda Fortaleza”, hoje denominada de “Morro do Governador”, e teria sido vendida pelo valor, na época, equivalente a 318 salários mínimos, ou seja, aproximadamente 95 mil reais. Aragão advertiu a existência de fraude na transmissão do título ao dizer que o requerimento de titulação da terra não estava assinado por José Carlos e que o número do CPF estava rasurado. Outro ponto observado pelo deputado é que várias instituições financeiras não conseguiram alienar ou penhorar o imóvel para pagamento de dívidas contraídas por José Carlos. “No mínimo, é estranho, foram 12 ações bancárias não concluídas e, em 2003, as terras já não estavam mais no nome de José Carlos e, sim, de Geraldo Dias Mota, proprietário da empresa Palmas Participações. Isto, para mim, é grilagem”, comenta o parlamentar, sugerindo a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Legislativo para apuração de supostas grilagens, inclusive, em outras áreas da Capital.