Halum rebate acusações contra governador

Por DICOM
22/08/2007 12h24 - Publicado há 16 anos
Halum recebe jornalistas
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Diretoria de Comunicação / HD
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado César Halum (PFL), concedeu uma entrevista coletiva na quarta-feira, dia 26, para rebater as freqüentes agressões feitas pela União do Tocantins (UT), especificamente pelo senador Eduardo Siqueira Campos, ao governador Marcelo Miranda. Na entrevista que aconteceu na sala de reuniões da presidência, na Assembléia, Halum falou em nome dos 19 parlamentares que compõem a bancada de sustentação ao governo. Ele disse que diante das constantes acusações infundadas, os deputados resolveram responder aos acusadores, embora acredite que o povo não deseje este tipo de situação. Porém, devido aos freqüentes ataques, foi necessário tomar esta atitude que será, segundo ele, complementada com as providências políticas cabíveis ao caso. Halum esclarece que os motivos das acusações feitas pelo senador Eduardo Siqueira Campos foi o resultado de uma pesquisa qualitativa que o aponta com um nível de aceitação “extremamente baixo”. Com isto, o senador “partiu para o desespero, tentando provocar o governador Marcelo Miranda, com o propósito de polemizar”. Segundo Halum, o governador não vai fazer este jogo. Ele aconselha o senador a procurar melhorar seu desempenho, através da aceitação popular. “Se ele está com pontuação baixa nas pesquisas, é porque o desempenho dele não é bom”, argumenta. “Acho que ele já teve mandato demais para mostrar se é capaz de trabalhar”, arremata Halum. Os assuntos abordados durante a entrevista pelo presidente foram nepotismo, superfaturamento de obras e o aluguel de um prédio ao Prodivino, questões levantadas por Eduardo Siqueira Campos como ações irregulares atribuídas ao governador Marcelo Miranda. Nepotismo Sobre o nepotismo, Halum explicou que, até o moment, não existe qualquer lei que proíba a contratação de parentes pelo Estado e, em função disto, não há irregularidade no ato. Para o presidente, é natural a primeira-dama assumir a Secretaria de Ação Social, prática comum nos governos de todo o País. “Mas o governador Marcelo Miranda, mesmo entendendo não haver quaisquer irregularidades, resolveu exonerar seus parentes”, justifica o parlamentar. No entanto, o presidente questiona o porquê de o senador não citar a família do vice-governador, Raimundo Boi, um dos articuladores políticos da União do Tocantins. Segundo o deputado, a família de Raimundo Boi está lotada na vice-governadoria. Halum lembra também que, no governo anterior, os filhos, netos, genros entre outros parentes eram contratados pelo Estado. Ele cita que uma das filhas do ex-governador assumiu a Secretaria de Ação Social, outra era presidente da Fundação de Medicina Tropical, em Araguaína, uma terceira filha respondia pelo Escritório de Representação em Brasília, um genro foi secretário do Esporte, dentre outros casos. Residência do governador No que diz respeito à construção da residência do governador Marcelo Miranda, questionada por Eduardo Siqueira Campos, Halum esclarece que a obra foi iniciada quando Marcelo Miranda ainda era deputado estadual e que foi utilizado financiamento da Caixa Econômica Federal para concluí-la. A casa, de acordo com Halum, está escriturada em nome de Marcelo Miranda e declarada em seu imposto de renda. “Diferente daqueles que nos acusam, pois nem a casa que eles moram estão no nome deles, talvez porque não possam declarar à Receita Federal que tenham esses patrimônios”, insinuou. Halum acredita que o fato de o governador ter uma casa para morar não é demérito, pois prefeitos, deputados, vereadores e outras autoridades também têm. Ele lembra que o governador construiu sua residência neste Estado, enquanto que “outros constroem mansões no Lago Sul, em Brasília”. Halum diz que desejo de Marcelo Miranda que todos tenham direito à moradia e afirma que é por isto que o governador, em seus quatro anos de mandato, vai fazer mais casas do que todos os outros já fizeram. “É por isso que ele (Eduardo Siqueira Campos) deve estar incomodando”. Feci Engenharia Halum explicou que esta construtora iniciou sua história em 1996 com o nome de Arboredo e tinha como um dos sócios a esposa de José Edmar Brito Miranda Júnior, irmão do governador. Nesta época, a empresa foi contratada para executar obras no Estado, então governado por Siqueira Campos. Algum tempo depois, houve uma integralização de capital e ela mudou de nome, passando a chamar-se Proenge. Em 2002, ao ser eleito, Marcelo Miranda orientou seu irmão, Brito Jr., para que sugerisse à sua esposa a venda das ações da Proenge, por entender que, desta forma, evitaria problemas futuros. As ações foram vendidas e, com a mudança no quadro societário, houve também alteração no nome da empresa que passou a se chama Feci Engenharia. O presidente da Assembléia acrescentou que os trabalhos que a empresa desenvolve no Estado sempre foram através de licitação e, em função disto, não procede a acusação de as obras realizadas por esta empresa serem superfaturadas, já que um dos requisitos da licitação é o menor preço. “Por isso, eu quero que eles expliquem por que quando eles eram governo esta empresa poderia trabalhar no Estado e agora não pode”. Aluguel Prodivino Quanto ao aluguel de um imóvel para instalar o Prodivino, Halum disse que coube à Secretaria de Trabalho e Ação Social a locação do prédio, uma vez que o Prodivino faz parte desta secretaria. O presidente defende que o governador não tinha conhecimento sobre o proprietário do imóvel que não está no nome de sua irmã, como alegam nas denúncias. Halum afirmou também que é “mentira” que o Estado tenha adiantado 315 mil reais para a conclusão das obras do prédio. “Mostrem-nos algum documento que prove esta transferência de recursos”, desafiou Halum. ‘ Já quanto ao suposto superfaturamento do aluguel, Halum esclareceu que o valor estabelecido no contrato é de 15 mil reais por mês. Segundo ele, para se estabelecer o preço de um aluguel, as imobiliárias calculam 1% sobre o valor de mercado do imóvel. Segundo Halum, a Câmara de Valores Imobiliários de Palmas avaliou o prédio locado em 2,5 milhões de Reais. Desta forma, seguindo o preço de mercado, o aluguel deveria ser de 25 mil Reais, e, no entanto, está sendo alugado por 15 mil. Portanto, não há irregularidades. Halum acusa o senador Eduardo Siqueira Campos de se utilizar de uma rede de veículos de comunicação, principalmente o rádio e a televisão, de sua propriedade, porém em nome de terceiros e que, segundo o deputado, foi adquirida de forma obscura, para satisfazer seu ódio pelo governador Marcelo Miranda. “O ciúme e a inveja que ele (Eduardo Siqueira Campos) demonstra pelo governador Marcelo Miranda são muito graves. Por isto, a Assembléia está tomando uma atitude firme de não aceitar mais este tipo de provocação, porque isto só tem atrapalhado o Estado”, disse.