Mesa Diretora da Aleto faz leitura de renúncia de Carlesse em sessão extra

Por Elpídio Lopes
15/03/2022 19h30 - Publicado há 2 anos
A sessão extra aconteceu na tarde desta sexta-feira, 11
A sessão extra aconteceu na tarde desta sexta-feira, 11
Koró Rocha / HD

No momento em que o plenário da Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto) realizaria na tarde desta sexta-feira, 11, a segunda sessão de aceitação do impeachment de Mauro Carlesse (União Brasil), governador afastado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), a Mesa Diretora da Casa, por sua vez, fez a leitura extra do processo de afastamento do agora ex-governador devido à sua renúncia, protocolada também na tarde de hoje.

Carlesse afirma em carta que a renúncia tem como finalidade precípua apresentar, de forma tranquila e serena, sua defesa junto ao Poder Judiciário em relação às injustas e inverídicas acusações que lhe foram imputadas. 

Carlesse alegou que sua renúncia teve como objetivo garantir a estabilidade política, econômica, fiscal e jurídica, além de evitar exposição e crise institucional do Estado. Em vídeo divulgado à imprensa, o então governador afastado disse ter chegado ao limite. "É insuportável o ser humano aguentar tanta mentira e bagunça.

Fiz o que tinha de ser feito. A história vai dizer o que foi feito para o bem do Estado”, garantiu. Ele também criticou o que chamou de "velha política". “Eles não querem um Estado melhor. Querem um Estado cada vez pior”, emendou.

Advogado de Mauro Carlesse, Juvenal Klayber leu na oportunidade uma mensagem do ex-governador que mencionou diversas ações e projetos realizados nos mais de três anos de seu mandato, bem como o enquadramento do Estado na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o asfaltamento de diversas estradas, a construção de hospitais regionais, melhorias de delegacias e o investimento nas polícias. “Ao contrário do que dizem - que interferi indevidamente nas decisões da segurança pública”, disse Klayber ao ler a carta de Carlesse.

Após a leitura da renúncia, o presidente da Aleto, deputado Antonio Andrade (União Brasil), determinou que o documento fosse publicado no Diário da Assembleia Legislativa, anunciou a extinção do processo de impeachment, deu como vago o cargo de governador do Tocantins e encerrou a sessão, ao mesmo tempo que convocou sessão solene de posse para as 20 horas para empossar de forma definitiva o governador em exercício Wanderlei Barbosa (sem partido).