Mudanças nas regras eleitorais dominam discussões na AL

Os deputados usaram a tribuna da Assembléia Legislativa, durante a sessão desta manhã, dia 15, para se manifestarem sobre a reforma política em tramitação no Congresso Nacional. O deputado Raimundo Moreira (PSDB), primeiro a abordar o assunto, lembrou que a Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Câmara aprovou uma minirreforma proposta pelo PFL que propõe, entre outras, a redução dos custos de campanha. O temor dos parlamentares tocantinenses é que a matéria não seja votada, em plenário, em tempo hábil para o próximo pleito. O deputado Paulo Sidnei (PPS) chamou a atenção para a necessidade de aprovar essas mudanças nas regras eleitorais. Ele disse que há vários anos uma comissão especial da Câmara estuda um projeto de reforma política ampla. Sidnei explicou que a proposta do PFL é importante, mas é necessário que seja aprovada em plenário nos próximos 15 dias, sob pena de não valer para as eleições do próximo ano. "Caso isso não ocorra, continua prevalecendo todos os vícios que favorecem a corrupção eleitoral", protestou Paulo Sidnei. O deputado do PPS disse que, em um País onde cerca de 40 mil pessoas passam fome, é inadimissivel que sejam realizadas campanhas idênticas às dos Estados Unidos. Para o deputado Ângelo Agnolin (PFL), as propostas previstas no projeto do PFL são tímidas. " Estão querendo tratar um câncer com analgésico", ironizou o deputado ao cobrar uma reforma mais profunda e condizente com a realidade. Já o deputado Eli Borges (PMDB) defende uma reforma capaz de promover a verdadeira democracia, na qual o cidadão comum possa concorrer a um cargo eletivo em igualdade de condições. "A corrupção eleitoral às vezes acontece pela necessidade de enfrentamento igualitário", disse Eli.