Aprovado requerimento que concede anistia a multas de trânsito

Por Dicom
22/08/2007 12h24 - Publicado há 17 anos
Deputado Marcello Lelis
Deputado Marcello Lelis
Diretoria de Comunicação / HD
O deputado Marcello Lelis (PV) apresentou, na sessão ordinária desta terça-feira, dia 26, um requerimento no qual pede à Agência de Trânsito, Transportes e Mobilidade (ATTM) a anistia para todas as multas, notificadas desde janeiro de 2006 até os dias atuais. Marcello Lelis fundamentou seu requerimento na premissa constitucional de que “todos os cidadãos são iguais perante a lei”, o que, segundo ele, não estava acontecendo. A deputada Solange Duailibe (PT) usou a tribuna para reclamar da imprensa que noticiou falsos fatos a respeito de suas multas que teriam sido perdoadas. Ela argumentou que recebeu advertências e apenas uma multa. “O fato de eu ser uma deputada, de ser a primeira-dama da cidade não me tira o direito de recorrer, o que qualquer cidadão pode fazer”, declarou. Segundo dados citados por ela, 63% dos recursos impetrados são deferidos. A parlamentar também acusou o deputado Marcello Lelis de “denuncismo”, “proselitismo” e de retirar as multas de familiares seus na época em que ocupava cargo de confiança, e rematou: “Eu e o prefeito fazemos uma política de ética”. O deputado tucano Stalin Bucar defendeu Lelis e disse que ele pede a anistia por convicção, referindo-se à forma exaltada do pronunciamento de Solange. Marcello Lelis afirmou que não quis acusar ninguém, que apenas fez um discurso sobre um problema que a cidade enfrenta e que já foi citado por vários outros parlamentares, como o presidente do Legislativo, deputado Carlos Henrique Gaguim (PMDB), e os parlamentares José Geraldo (PTB), Angelo Agnolin (DEM) e Manoel Queiroz (PT). “Queremos que seja proposto um novo sistema de trânsito para Palmas”, declarou Lelis. Apenas seis deputados votaram contra o requerimento: Solange Duailibe (PT), Fabion Gomes (PR), César Halum (DEM), Valuar Barros (DEM), Eduardo do Dertins (PPS) e Júnior Coimbra (PMDB) que lembrou que a matéria deveria ser legislada em foro municipal. Já Eduardo do Dertins argumentou que muitos dos transgressores causaram vítimas e, por entender que muitos cidadãos já pagaram suas multas, não há como conceder tratamento igual a todos. (Everton de Almeida)