Visita de Halum a Alagoas pode atrair agroindústria canavieira para o Estado

Por Diretoria de Comunicação da Assembléia/TO.
22/08/2007 12h24 - Publicado há 16 anos
Uma comitiva formada por 24 empresários do setor sucroalcooleiro do Estado de Alagoas visitou, na manhã desta quinta-feira, dia 5, a Assembléia Legislativa. Eles estão no Estado desde o dia 2, a convite do presidente da Casa, deputado César Halum (PFL), e do secretário de Agricultura, Roberto Sahium, que visitaram recentemente a cidade de Maceió com o objetivo de atrair para o Estado investidores da agroindústria canavieira. O grupo faz parte da Cooperativa Pindorama, fundada há mais de 50 anos em Alagoas, e apresenta um número recorde no Brasil de 1.160 associados. O Estado é o segundo maior produtor de cana-de-açúcar e álcool do País, perdendo apenas para São Paulo, e a atividade é responsável pela geração de mais de 100 mil empregos diretos na região. Porém, os expressivos números em relação ao setor canavieiro de Alagoas esbarram hoje na limitação da capacidade de expansão da produção, em razão da reduzida extensão territorial do Estado. Para o presidente da Cooperativa Pindorama, Klécio Santos, o Estado do Tocantins surge como uma nova alternativa para ampliação da produção da cana. "Alagoas é um Estado pequeno e a área propícia para o cultivo da cana já está totalmente ocupada, então precisamos encontrar novas alternativas, novos parceiros. O Tocantins tem uma área muito boa e pode ser um grande produtor canavieiro", argumentou. Klécio Santos mostrou otimismo em relação a uma possível parceria com o Tocantins, que segundo ele, seria muito benéfica para ambos os Estados. "Nós vivemos da cana de açúcar, por isso temos "know-how" e experiência na questão da industrialização e na comercialização do álcool e do açúcar. Temos muito a contribuir para o desenvolvimento da atividade no Tocantins", concluiu. A extensão de terra como um dos fatores relevantes para a prosperidade no cultivo da cana no Tocantins também foi destacada pelo presidente César Halum. "O Tocantins tem as terras, mas não possui a tecnologia que eles têm. Nosso Estado tem uma extensão territorial aproximadamente dez vezes maior que Alagoas e eles atualmente não têm mais para onde expandir o cultivo. Essas coisas é que devemos ajustar", sugeriu o presidente. Viabilidade Halum informou que o Estado deve procurar produtores e instituições financeiras, como o BNDS e o Fundo Constitucional do Norte, para viabilizar o projeto. Outra alternativa, segundo o presidente, seria buscar investimentos junto ao governo japonês. "Em função do protocolo de Kyoto, o Japão precisa diminuir a emissão de gases na atmosfera e uma das alternativas está no uso do álcool como combustível. Nós temos tudo para sermos um grande fornecedor do produto para eles e fortalecermos a nossa economia", defendeu o presidente. Depois da visita à Assembléia Legislativa, a comitiva seguiu com o presidente César Halum para o Palácio Araguaia, onde participaram de uma reunião com o governador Marcelo Miranda (sem partido) para discutir a viabilidade da implantação do projeto no Tocantins e a possibilidade de concretizar a parceria.