Eli defende PMDB de negociar cargos

O deputado Eli Borges (PMDB) usou a tribuna, nesta terça-feira, dia 4, para defender o PMDB de acusações que denominou de incabíveis, publicadas no semanário “O Jornal”. Segundo a matéria, uma das condições impostas pela executiva estadual do PMDB para a filiação do governador Marcelo Miranda (sem partido) na sigla foi a disponibilidade de cargos públicos para acomodar líderes do partido. Eli esclareceu que a idéia de se formar uma comissão de transição, com o objetivo de fazer acomodações políticas, principalmente, no interior do Estado, surgiu após algumas reuniões entre membros da sigla e Marcelo Miranda. “Alguns prefeitos eleitos pelo PMDB disputaram as eleições com candidatos apoiados por Marcelo e, para que não haja um desgaste para o governo, é preciso fazer alguns acertos. Mas, sem cobrança nenhuma”, argumentou o deputado. Eli finalizou dizendo que defende Marcelo, “porque ele tem se mostrado democrático e o Tocantins necessita dessa responsabilidade cívica para que mude o quadro político conhecido como ditatorial”. Vários parlamentares como a deputada Josi Nunes, também do PMDB, comentaram as declarações do jornal. Para Josi, “as declarações comprometem a imagem de lideranças importantes do ‘maior’ partido do Estado. O PMDB tem uma história de luta não apenas pelo Tocantins, mas por todo o País”, assegurou, lamentando o ocorrido. O presidente da Assembléia, deputado César Halum (PFL), disse que esteve presente em algumas reuniões citadas pelo deputado Eli e garantiu ser “testemunha que durante os encontros políticos, não foi tratada qualquer questão relativa a cargos e à imposição de trocas beneficiando os peemedebistas”.