Seqüestro de carbono une empresas tocantinense e alemã

Por Dicom
22/08/2007 12h24 - Publicado há 16 anos
Assinatura de contrato na AL
Assinatura de contrato na AL
Diretoria de Comunicação / HD
O primeiro contrato de mercado voluntário (independente) de carbono no Brasil foi assinado durante a audiência pública da Comissão Mista Especial de Mudanças Climáticas do Congresso Nacional, que aconteceu no plenário da Assembléia Legislativa, na tarde desta segunda-feira, dia 25. O contrato é entre a empresa tocantinense Cerâmica São Judas Tadeu, com sede em Palmas, e a empresa alemã 3C Financeira, através da Ecológica Assessoria. Segundo Divaldo Rezende, representante da Ecológica e da Cantor CO2, a empresa alemã compra um crédito de 60 mil toneladas de carbono, ou seja, as emissões de poluentes da empresa alemã serão recompensadas pela redução de gases que aumentam o efeito estufa pela empresa tocantinense que, de acordo com o tratado, passa a utilizar técnicas não poluentes na fabricação de seus produtos. O representante da São Judas Tadeu, Roni Abrão, disse que a empresa, tradicionalmente, utiliza lenha para produzir calor. Agora, com o contrato, ela vai utilizar a palha de arroz, que tem um efeito 21 vezes menor na emissão de poluentes que a lenha. Mercado Voluntário - O mercado voluntário de carbono é uma forma de participação de empresas na redução da emissão de C02, independente de o país-sede ter assinado ou não o Protocolo de Kyoto (Japão 1997). O acordo é um tratado internacional com compromissos para a redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa, considerados, segundo a maioria das investigações científicas, como causa do aquecimento global. Assim, os países signatários terão que colocar em prática os planos para reduzir a emissão desses gases entre 2008 e 2012. (Penaforte)