A intenção do grupo oposicionista ao Governo de instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI -, para apurar as supostas irregularidades cometidas pelo Governo do Estado no setor da saúde, ganhou o apoio formal da deputada Luana Ribeiro (PR). Em seu discurso, na sessão desta terça-feira, 18, ela disse que nada é melhor do que uma CPI para dar a resposta real e, independente do caso, indicar as medidas necessárias e as punições cabíveis. “Assino com a responsabilidade de quem ocupa um cargo eletivo, porque me sinto convencida de que estou agindo de acordo com os meus princípios éticos e na defesa da moralidade pública”, declarou.
Luana esclareceu que não havia assinado o requerimento antes, porque não tinha todas as informações acerca do assunto e que precisava de um tempo hábil para ler e estudar a documentação. “Os dados que obtive, através do relatório do Tribunal de Contas da União – TCU -, quanto à gestão pública do setor da saúde no Tocantins não deixaram dúvidas. Na verdade, eles mostram que houve irregularidades e apontam para um desvio de verbas públicas na saúde na ordem de algumas centenas de milhões de reais”, declarou.
O vice-líder do governo, deputado Júnior Coimbra (PMDB), respondeu que o pedido da CPI tem motivação puramente política e questionou a postura da deputada. "Em relação à base aliada, a saída da deputada não faz diferença, pois ela se posicionava com neutralidade”, afirmou. Ele acrescentou que a CPI dificilmente será instalada, lembrando que a bancada oposicionista não tem votos suficientes para aprovar o requerimento. (Penaforte).