O pagamento de indenizações, por parte do Governo do Estado, aos policiais militares do Tocantins foi o tema do debate que dominou a sessão vespertina desta quarta-feira, dia 19. O presidente do Legislativo, deputado Carlos Henrique Gaguim (PMDB), discursou mais uma vez em favor da classe e afirmou que sabe das responsabilidades orçamentárias do Executivo. “Eu acredito na sensatez dos técnicos do Governo para chegar a um acordo com os PMs sem prejudicar seu planejamento”, declarou o presidente que foi ovacionado pelos militares que marcaram presença na tribuna de honra da Casa.
O líder do Governo, deputado Júnior Coimbra (PMDB), destacou como fato positivo o aumento do contingente da PM de aproximadamente mil e cem homens e do Corpo de Bombeiros, de cerca de 25%. De acordo com o parlamentar peemedebista, os cálculos sobre a dívida ainda serão feitos. Porém, o deputado Carlos Gaguim informou que os valores já foram calculados e que a sentença já foi transitada em julgado e os benefícios estendidos a todos os policiais.
Em defesa dos policiais, o parlamentar Raimundo Palito (PP) criticou o Governo, dizendo que a PM tem o direito de receber e o Estado, a obrigação de pagar. Também se manifestou a respeito do assunto o deputado Stalin Bucar (PSDB), ressaltando que o débito não é deste governo ou de qualquer outro, mas do Estado e reforçando que os direitos dos militares devem ser respeitados.
Auri-Wulange, advogado dos policiais militares, afirmou que a reposição salarial, referente ao ano de 1993, já foi feita e que “agora falta apenas o pagamento do acordo realizado em junho do ano passado”. Ainda conforme Auri-Wulenge, a dívida chega a mais de 400 milhões de reais. (Everton Almeida)