Artesanato de povos tradicionais do Tocantins ganha plataforma de e-commerce

Por Penaforte
10/12/2025 09h14 - Publicado há 27 min
Núbia Dourado é idealizadora da iniciativa, em parceria com a Aleto
Núbia Dourado é idealizadora da iniciativa, em parceria com a Aleto
Clayton Cristus / HD

O lançamento da plataforma de e-commerce Mulheres Empreendedoras da Amazônia (https://empreendedorasdaamazonia.com/ocorreu na manhã desta terça-feira, 9, no saguão da Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto). A ação integrou a programação da 1ª Feira Cultural de Artesanato Mulheres Empreendedoras da Amazônia e contou com o apoio institucional da Aleto, parceira do projeto.

Idealizadora da iniciativa, a artista e produtora cultural Núbia Dourado destacou que a proposta busca ampliar a visibilidade da produção artesanal dos povos originários, indígenas e quilombolas do Tocantins. Segundo ela, a plataforma representa um avanço no fortalecimento do empreendedorismo feminino, permitindo que as criações das artesãs ultrapassem fronteiras e alcancem novos públicos.

Durante o evento, foram expostas peças produzidas com capim dourado, sementes, palha de buriti e itens da bioeconomia, como farinha de baru, farinha de pequi, licores e garrafadas naturais — grande parte já disponível para compra no site.

“A ferramenta funciona por meio de um modelo de comércio justo, permitindo que as artesãs comercializem seus produtos diretamente ao consumidor, sem intermediários, garantindo mais autonomia financeira”, afirmou Núbia.

O deputado Professor Júnior Geo (PSDB) ressaltou que a iniciativa abre um espaço estratégico para valorizar e promover o artesanato tocantinense, ao ampliar políticas públicas e eliminar atravessadores. “Precisamos fortalecer ações como esta. Os produtos que vêm da terra carregam a tradição e a vivência dos povos originários, são sustentáveis e impulsionam a bioeconomia”, destacou.

A feira reuniu representantes de diversas comunidades e etnias, entre elas artesãos das aldeias Novo Horizonte, Rio Sono, Recanto Krité, Piabanha e Porteira, do povo Xerente; da aldeia Manoel Alves, etnia Krahô, de Itacajá; das aldeias Canoanã e Txuiri, do povo Javaé, na Ilha do Bananal; além da comunidade quilombola Barra da Aroeira, de Santa Tereza, no Jalapão.

Também fizeram uso da palavra representantes indígenas, quilombolas e a diretora de Área da Comunicação da Aleto, Wanja Nóbrega, que reforçaram a importância do apoio do poder público a ações que ampliem a visibilidade das produções culturais tradicionais do Estado, fortalecendo e promovendo a cultura ancestral do Tocantins.