Na reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito do Tribunal de Contas do Estado – TCE –, realizada nesta terça-feira, dia 20, o ex-deputado federal Hagaús Araújo apresentou provas sobre as possíveis irregularidades na instalação da instituição no Estado. Hagaús distribuiu à imprensa e à comissão cópias da ata de criação do Tribunal de Contas no dia 1° de fevereiro de 1989. Portanto, o ex-deputado citou que o órgão já havia sido instalado em 20 de janeiro de 1989 e que o fato pode ser comprovado por matéria veiculada no Jornal do Tocantins da época.
Hagaús esclareceu que, na primeira criação da instituição, tomaram posse os conselheiros Antônio Gonçalves Filho, Mauro Lopes Texeira e João de Deus Rodrigues, ato desconsiderado com a reinstalação em 1° de fevereiro, quando o conselheiro Mauro Lopes foi, sem explicação alguma, substituído por José de Ribamar Meneses.
Na época, Mauro Lopes entrou na justiça, pedindo reintegração ao cargo, mas até hoje não obteve resposta. Hagaús também informou que ele impetrou ação popular na justiça, para provar a má-conduta dos conselheiros Antônio Gonçalves e João de Deus. O processo foi julgado no STF que determinou a demissão dos dois conselheiros, mas, segundo Hagaús, a decisão não foi cumprida pelo TCE, pois eles foram aposentados ao invés de serem penalizados.
Ainda foi aprovado requerimento verbal do deputado Fábio Martins (PDT), autorizando a comissão a convidar o ex-conselheiro Mauro Lopes para depor. Já o líder do governo e membro da CPI, Júnior Coimbra (PMDB), pediu que fosse convocada sessão extraordinária da CPI para as 17 horas desta quarta-feira, dia 21. (Elpídio Lopes).