Capim dourado e fervedouro podem ser declarados patrimônios históricos culturais
Na busca de valorizar a cultura e os costumes tocantinenses, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Carlos Henrique Gaguim (PMDB), tem apresentado vários projetos de lei que denominam de Patrimônio Histórico bens móveis, imóveis ou naturais em diversas cidades que abrangem todas as regiões do Estado. Dentre as matérias que já tramitam na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), podem-se destacar as que declaram de Patrimônio Cultural o artesanato em capim dourado e o fervedouro, ambos próprios do Jalapão.
Os bens históricos possuem valor significativo para uma sociedade e devem ser considerados de interesse relevante para a permanência e a identidade da cultura de um povo. “É a nossa herança do passado, com que vivemos hoje, e que passamos às gerações vindouras”, avalia o presidente da Casa. Também foram encaminhadas à CCJ as propostas do Ritual Hetohoky, em Sandolândia; da Igreja São Judas Tadeu, em Porto Nacional; das festas do Lindô, em Santa Fé do Araguaia; e da Soja, em Formoso do Araguaia.
Histórico
O capim dourado se originou na região sudeste do Tocantins, mais precisamente no povoado de Mumbuca, localizado a 32 km da cidade de Mateiros e a 431 km de Palmas. As artesãs produzem chapéus, cestos, potes, bolsas, pulseiras, brincos, mandalas, enfeites e suplast’s, dentre outros. O aperfeiçoamento do trabalho resultou em grande divulgação e comercialização do artesanato, hoje conhecido não somente no Brasil, como também no exterior.
Já o fervedouro é um grande poço de águas cristalinas em São Félix, município situado na região do Jalapão, a 227 km da capital. Formado por uma nascente subterrânea de onde sai grande quantidade de água misturada com areia, o fervedouro, apesar da profundidade, nada afunda, devido à chamada pressão hidrostática. Além da força do fluxo, a água possui alta densidade pelo fato de estar misturada com areia. Esses dois fatores impedem que qualquer corpo afunde na água, fazendo com que seja sempre empurrado para a superfície. (Patrícia Sampaio)