Deputados repercutem decisão do TSE

Por DICOM
30/06/2009 19h26 - Publicado há 15 anos
Presidente Carlos Henrique Gaguim (PMDB)
Presidente Carlos Henrique Gaguim (PMDB)
Diretoria de Comunicação / HD
O momento de incerteza política no Tocantins foi o tema dos pronunciamentos na Assembléia Legislativa, durante a sessão ordinária desta terça-feira, dia 30. O presidente do Parlamento, deputado Carlos Henrique Gaguim (PMDB), foi um dos que respondeu a questionamentos quanto à legitimidade do Legislativo para eleger o próximo governo. “Esta Casa representa 689 mil votos. Nós somos os verdadeiros representantes do povo tocantinense”, frisou. Gaguim lembrou que a Justiça Eleitoral incumbiu o Parlamento Estadual da responsabilidade. “Nós não pedimos para a eleição ser direta ou indireta, mas caberá aos deputados eleger o próximo chefe do Executivo. A Assembléia não vai virar um balcão de negócios”, advertiu o presidente, de modo enfático, reiterando a lisura do processo de eleição. Após lamentar a cassação do diploma do governador Marcelo Miranda (PMDB) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a líder do governo, deputada Josi Nunes (PMDB), afirmou que “é fato que a decisão do tribunal precisa ser respeitada”. Porém, ela lembrou que Marcelo Miranda vai continuar administrando o Estado até que todos os recursos sejam julgados. Já o parlamentar Júnior Coimbra (PMDB) comentou que, no julgamento, não apareceu nada que desabonasse a honra do governador. O parlamentar também expressou sua discordância em relação ao veredicto do TSE. “O governo deu óculos a quem não enxerga, além de empregos e casas, a quem não tinha”, protestou. O primeiro oposicionista a se pronunciar foi o parlamentar Raimundo Moreira (PSDB). Em nome da União do Tocantins (UT), o líder comemorou a decisão do TSE, mas reiterou que preferiria a eleição direta para o novo governo. “Sobre os deputados paira a enorme responsabilidade de reorganizar o Estado”, relembrou Moreira. Ao lamentar a demora do trâmite do processo, a deputada Solange Duailibe (PT), afirmou que “quem saiu perdendo com a decisão do tribunal foi a população”, já que, segundo a petista, esse tipo de julgamento deveria acontecer nos inícios dos mandatos. Para Solange, a cassação do diploma do governador abre novos horizontes para o Estado e anunciou que seu partido vai se reunir em breve para decidir que posição deve tomar no contexto. O clima de consenso sobre a necessidade de união dos parlamentares também foi manifestado pelo deputado Raimundo Palito (PP). “Não podemos nos ater a grupos políticos”, frisou. O parlamentar ressalvou que defenderá o governador até o fim de seu mandato, mas que, para a eleição do novo governo, vai votar conforme sua consciência. (Glauber Barros)