Bancada de oposição pede instalação da CPI "Rosa Negra"
A bancada de oposição apresentou um requerimento, na sessão ordinária desta terça-feira, dia 22, pedindo a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para apurar as denúncias de fraudes investigadas na operação denominada Rosa Negra. Os deputados que subscreveram o requerimento foram Raimundo Moreira (PSDB), Raimundo Palito (PP), Cacildo Vasconcelos (PP), José Geraldo (PTB), Amélio Cayres (PR), Stalin Bucar (PSDB) e Marcello Lélis (PV).
A deputada Luana Ribeiro (PR) não apoiou o pedido de instalação da CPI, pois, segundo ela, “a polícia federal e a polícia civil estão fazendo um grande trabalho como já mostraram em outras ocasiões e a instalação de uma CPI só se justificaria se o trabalho policial não fosse capaz de elucidar os fatos e fornecer condições para a justiça punir os culpados”. O parlamentar Júnior Coimbra (PMDB) parabenizou a deputada republicana pelo bom-senso. Para a instalação da CPI, eram necessárias oito assinaturas e a bancada de oposição obteve somente sete.
A CPI deveria ser composta por, no máximo, cinco membros titulares e cinco suplentes e teria o prazo de 120 dias para encerrar as investigações, podendo se estender por mais 60. Segundo o requerimento, 173 empresas estariam envolvidas na fraude, sendo 133 delas com um mesmo endereço: o da empresa Rosa Negra, localizada em Palmas. Mesmo não tendo tido número de parlamentares suficiente para ser criada a CPI, o deputado Raimundo Moreira salientou, em seu pronunciamento, que “só queria provar que não houve má-fé do governo ao enviar as mudanças nos projetos de lei”. Ele também lamentou o fato de os parlamentares terem votado essas leis. “Eu votei essas leis e fico triste ao ver o resultado. Só o Estado de São Paulo teve um prejuízo de mais de um bilhão e cem milhões de reais.”, questiona Moreira.