As discussões parlamentares da sessão extraordinária desta terça-feira, dia 22, tiveram como principal foco a declaração da senadora Kátia Abreu (DEM), de que “deputados estariam trocando votos por cargos no governo”. O assunto foi amplamente debatido pelos parlamentares de várias siglas que definiram a postura da senadora como incoerente.
O também democrata César Halum foi o primeiro a comentar o fato e demonstrou seu descontentamento ao argumentar que, em nenhum momento, deixaram de defender os interesses do partido. “A indicação dos cargos vão ao encontro dos interesses do Estado, não dos deputados”, ressaltou. Halum ainda frisou que não entendeu a reação da senadora, pois, segundo ele, todas as atitudes adotadas eram de conhecimento da senadora, que solicitou, inclusive, uma articulação para aproximação com o governo.
O discurso de Halum ganhou reforço nos comentários dos democratas Angelo Agnolin e Toinho Andrade. “Temos que encontrar um caminho para acabar com essa turbulência, pois me sinto constrangido em ver este tipo de atitude de uma liderança”, afirmou Agnolin. Já o deputado Toinho Andrade, por sua vez, disse que os parlamentares não devem priorizar o partidarismo e, sim, o que for melhor para o Estado.
O peemedebista Iderval Silva, além de criticar a postura da senadora Kátia Abreu, relembrou que todos estão unidos para contribuir com ações que beneficiem a população. “Esta declaração é infundada, pois, em nenhum momento, questionamos a legalidade da eleição dela como senadora e presidente da CNA” ressaltou.
O democrata Paulo Roberto lamentou a divisão do partido por falta de diálogo e concluiu seu discurso com um elogio para o Executivo. “O governador Gaguim deu uma aula de administração democrática e de valorização dos parlamentares, um exemplo para a política nacional”, disse.
Outros deputados que também participaram do debate foram Stalin Bucar (PSDB), Pastor Pedro Lima (PR) e Eli Borges (PMDB). Eles comentaram que o principal motivo da insatisfação da senadora é o isolamento e que, por isso, ela está tentando provocar esta Casa de Leis. (Maisa Medeiros)