Deputados relatam visita à UHE de Estreito

A visita de um grupo de deputados, realizada nesta quarta-feira, dia 25, à Usina Hidrelétrica de Estreito foi o tema de pronunciamentos parlamentares na sessão desta quinta-feira, dia 26. O primeiro a usar a palavra foi o deputado Marcello Lelis (PV) que definiu a intenção dos legisladores na viagem. “A comissão se propõe a mediar o conflito entre o Consórcio Estreito de Energia (Ceste) e as comunidades atingidas pela represa da usina e contribuir na busca de uma solução”, disse. Em seguida, o deputado José Geraldo (PTB) manifestou sua posição no caso. “Não podemos permitir que haja injustiça com a população carente. Vamos trabalhar para promover um diálogo saudável entre o consórcio e a comunidade”, ressaltou. Por sua vez, o presidente da Comissão de Desenvolvimento Rural, Cooperativismo, Ciência, Tecnologia e Economia, parlamentar César Halum (PPS), mostrou-se otimista quanto às perspetivas de acordo entre as partes. Para ele, há o desejo de ambos os lados em se chegar a um denominador comum na questão. A proliferação de plantas macrófitas aquáticas, que ocupam a superfície da água e dificultam o uso da represa para navegação, pesca e recreação, foi uma das preocupações apresentadas ao consórcio pelo republicano Stalin Bucar. Em resposta, o parlamentar relatou que foi informado que os técnicos do Ceste seguem normas do Conselho Nacional Meio Ambiente (Conama). Polêmica com o IBAMA Outro assunto abordado foi a decisão do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) de destinar R$ 15 milhões ao Estado da Bahia. Segundo Lelis, o problema é que o recurso foi obtido a título de compensação ambiental pelos impactos da represa da UHE de Estreito, que fica na divisa entre o Tocantins e o Maranhão. Em apoio a Lelis, Halum declarou que o Estado não pode permitir que o Ibama aplique esse recurso fora dos estados atingidos diretamente pela usina. (Glauber Barros)