Cassação de Marcelo Miranda repercute na Assembléia

Por DICOM
17/11/2010 15h39 - Publicado há 13 anos
Coimbra foi um dos deputados a se manifestar
Coimbra foi um dos deputados a se manifestar
Diretoria de Comunicação / HD
A cassação do registro de candidatura do senador eleito, Marcelo Miranda (PMDB), pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teve repercussão na sessão desta quarta-feira, dia 17. A primeira manifestação partiu do deputado Raimundo Moreira (PSDB), líder da bancada oposicionista. “A decisão me deixa aliviado por perceber que a Justiça brasileira está atenta. E isso foi importante para o Tocantins que, nos últimos anos, tem sua imagem comprometida por criar leis inconstitucionais e ter políticos cassados”, afirmou Moreira. Já o deputado César Halum (PPS) disse que respeita a decisão da Justiça, mas criticou a demora do TRE em julgar o processo. “O tribunal deveria ter tomado uma decisão antes da eleição. Poderia ter evitado essa situação constrangedora. Esse ato não cassou o mandato de Marcelo Miranda, mas o voto do povo que o elegeu”, protestou. O presidente da Assembléia, Júnior Coimbra (PMDB), também manifestou seu apoio ao ex-governador. “Infelizmente essa decisão contraria a vontade do povo”, justificou Júnior Coimbra. O deputado Marcelo Lelis (PV) salientou que a justiça se baseou na Lei da Ficha Limpa, “que é uma reivindicação do povo brasileiro”. E o deputado Amélio Cayres (PR) lembrou que Marcelo Miranda, ao se candidatar ao Senado, sabia que poderia ser cassado. “Eu tive um irmão cassado por ação desse grupo político. Agora, eles estão provando do próprio veneno”, desabafou. Para a deputada Luana Ribeiro (PR), a decisão do TRE fez justiça ao 3º colocado, deputado federal Vicentinho Alves. “Ele fez uma campanha limpa, é um homem honrado e vai representar o povo do Tocantins com muita dignidade”, acrescentou. Por último, o deputado Angelo Agnolin (PDT) concluiu o debate, fazendo a defesa do ex-governador. Ele criticou as comemorações da oposição na noite do anúncio da cassação (terça-feira, 17). “Não acho ético fazer uma comemoração nesse nível que, de certa forma, é desrespeitosa ao candidato legitimamente eleito”, afirmou. (Penaforte Diaz)