Deputados divergem sobre resolução, mas enaltecem consenso

Por DICOM
16/02/2011 10h00 - Publicado há 13 anos
Plenário do Parlamento Tocantinense
Plenário do Parlamento Tocantinense
Diretoria de Comunicação / HD
“Só há uma saída: a do consenso”. Com essas palavras, o deputado José Bonifácio (PR) reforçou o uso do diálogo como meio de superação dos desentendimentos entre as bancadas de sustentação e de oposição ao governo na Assembléia. Na sessão desta quinta-feira, dia 10, o parlamentar usou a tribuna para pedir moderação aos oposicionistas e criticar projetos apresentados por eles. No centro do debate, está um projeto de resolução assinado pelos integrantes oposicionistas da Mesa Diretora. Na matéria, é proposto que a nomeação dos indicados para os cargos comissionados do Legislativo seja dividia entre o presidente da Assembléia e os demais membros da Mesa, ao invés de ficar exclusivamente a cargo do chefe do Parlamento como ocorre atualmente. Para Bonifácio, “não é de bom-senso alterar a legislação para atender a interesses momentâneos. O Parlamento é permanente, mas sua composição, não”. Ele completou ao afirmar que “a oposição não pode se radicalizar. É preciso conversar. Só vamos começar a ajeitar as coisas no Estado quando o fizermos na Assembléia”. O assunto veio à tona quando o deputado Wanderley Barbosa (PSB) usou a palavra para rechaçar declarações na imprensa que afirmam que a oposição estaria travando o andamento das matérias do governo. “Também somos responsáveis pelo bem-estar da população e não vamos emperrar matérias que contribuam para este fim”, disse Barbosa. Em reforço à fala de Wanderley, o deputado Eli Borges (PMDB) criticou o que chamou de “tentativa de colocar a oposição contra a sociedade”. Para Eli, a intenção da bancada não é a de inviabilizar o governo, mas de ser coerente consigo mesma. “A bancada quer ser respeitada como uma força no Legislativo e manter sua coerência com a posição em que a própria sociedade a colocou”, disse. Ao encerrar o debate, o presidente da Casa de Leis, deputado Raimundo Moreira (PSDB), manifestou-se a respeito da polêmica. Sobre a proposta de divisão do poder de nomeação na Assembléia, o tucano se queixou por não ter sido comunicado pelos demais integrantes da Mesa Diretora sobre a apresentação do projeto. (Glauber Barros)