Amália Santana lembra 25 anos da morte do Padre Josimo
A deputada Amália Santana (PT) subiu à tribuna durante a sessão da manhã desta terça-feira, dia 10, para fazer uma homenagem pela passagem dos 25 anos da morte do Padre Josimo Morais Tavares.
A parlamentar petista ressaltou que todos os anos os trabalhadores rurais do Norte do Tocantins celebram a memória do sacerdote que, depois de se tornar padre, foi enviado a Wanderlândia, onde assumiu a Pastoral da Juventude e teve a oportunidade de compreender como a concentração da terra era o problema mais urgente da população da região.
“Como coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT), atuou na região do Bico do Papagaio, conhecida por intensos conflitos de disputa pela terra, e passou a denunciar os grileiros de terra, a opressão dos latifundiários contra os lavradores e a defender os direitos do povo, conscientizando-os sobre sua força”, explicou Amália Santana.
“Por suas idéias e ações, provocou ódio nos fazendeiros da região, passando a receber diversas ameaças de morte. Em abril de 1986, sofreu um atentado, mas as balas não o atingiram. Um mês depois desse ataque, foi assassinado com dois tiros pelas costas, quando entrava no prédio onde funcionava o escritório da CPT em Imperatriz, no Maranhão”, relembrou a deputada.
A deputada fez questão de destacar também que Padre Josimo ajudou a formar vários agentes de pastorais e lideranças sindicais. “Ajudou a construir os primeiros diretórios do Partido dos Trabalhadores na região do antigo norte goiano. O grande sonho do Padre Josimo se resumia em libertar os trabalhadores das garras do latifúndio”, acrescentou.
Amália Santana concluiu seu pronunciamento, solicitando ao presidente da Casa, deputado Raimundo Moreira (PSDB), o registro do discurso “para que a história desse grande líder, que se confunde com a história de nosso Estado, seja sempre relembrada pelas novas gerações”. (Patrícia de Assis)