Durante a sessão da manhã desta terça-feira, dia 24, a deputada Josi Nunes (PMDB) comunicou ao presidente da Mesa Diretora em exercício, deputado Eli Borges (PMDB), sua decisão de se afastar do cargo de líder do partido.
A parlamentar se justificou lembrando que, durante a votação realizada na sessão extraordinária da última quarta-feira, dia 18, a confiança do bloco partidário foi quebrada, já que a orientação da liderança não foi seguida. “Aquele momento representou a quebra de um pacto e não posso mais liderar um grupo no qual alguns membros tomam posições individuais”, enfatizou.
A deputada se referiu à votação da indicação do nome para a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, quando dois deputados do PMDB ignoraram a orientação partidária e votaram com o bloco governista.
De acordo com Josi Nunes, antes da votação, seu grupo havia realizado reuniões, nas quais buscaram informações que os pudessem orientar. “Nós chegamos à conclusão de que todos os conselheiros, com exceção de Wagner Praxedes, foram indicados pelo atual governador Siqueira Campos, o que transferia o direito de indicação desta vez para o Ministério Público de Contas”, salientou Josi.
“O nosso sonho de um estado democrático continua vivo, mas teremos de redirecionar nossas ações. Contaremos com aqueles que desejarem um Tocantins melhor para todos. Continuo na oposição, uma posição responsável, flexível, mas que não se quebra”, encerrou.
Parecer de vistas
Na mesma sessão, o deputado Sargento Aragão (PPS) fez questão de ler seu parecer de vistas ao processo de indicação da conselheira do TCE, para que o documento possa ficar registrado nos Anais da Casa. O deputado não compareceu à reunião final da Comissão Especial, realizada na noite de quarta-feira, e seu parecer por essa razão deixou de constar na ata da comissão.
O texto de Aragão apresenta um histórico das indicações, desde a formação do Tribunal em 1989, e sinaliza que a indicação da vez deveria ter sido feita pelo MPE de Contas.
Outro a se manifestar sobre a votação da indicação da conselheira foi o deputado Eli Borges (PMDB) que, da tribuna, procurou enumerar falhas no cumprimento do regimento interno, relacionadas aos prazos que deveriam ter sido observados antes da aprovação do nome indicado por Siqueira Campos. (Patrícia de Assis)