AL instala Comissão Especial para acompanhar obras da Usina de Estreito
Foi instalada na manhã desta quarta-feira, dia 11, a Comissão Especial para Acompanhamento da Construção da Usina Hidrelétrica de Estreito. A presidência ficou com o deputado Júnior Coimbra (PMDB), a vice-presidência com o deputado César Halum (Dem) e a relatoria com o deputado Fabion Gomes (PR). A comissão deverá se reunir todas as terças-feiras, às 16h30. O presidente adiantou que será definida uma agenda de ações, que inclui levantamento da documentação do projeto e viagens ao canteiro de obras da usina, em Estreito/MA. Os demais membros efetivos da comissão são os deputados Raimundo Moreira (PSDB), Raimundo Palito (PP), Josi Nunes (PMDB) e Solange Duailibe (PT).
O principal argumento dos deputados para a instalação da comissão é que o Tocantins pode ser prejudicado com a obra, já que o Estado terá dez municípios impactados com a barragem, enquanto o Maranhão, apenas dois, sendo que todos os equipamentos geradores de energia e maquinários serão instalados no lado maranhense. O deputado César Halum esclareceu que o Parlamento não é contra a construção de hidrelétricas, mas precisa defender os direitos das populações atingidas, "cerca de 5 mil famílias no Estado, além de garantir o que é de direito para Tocantins".
Para obter maiores informações sobre os impactos causados pela construção da usina, a Casa convidou o diretor do Consórcio Estreito Energia (Ceste), Antônio Luiz Abreu Jorge, que esteve dia 22 de março no plenário da Assembléia. Segundo sua explanação é inevitável o impacto ambiental, mas garante a melhoria social e cultural da região. As famílias proprietárias de imóveis nos municípios devem receber uma carta de crédito de 50 mil reais para a compra de um imóvel e mais 5 mil para implementação de insumos agrícola. "O desafio é fortalecer a agricultura irrigável, a criação de reserva extrativista de babaçu e do monumento natural das árvores fossilizadas" afirmou.
Os municípios atingidos são: Estreito e Carolina, no Maranhão, e as cidades tocantinenses de Babaçulândia, Barra do Ouro, Darcinópolis, Filadélfia, Goiatins, Itapiratins, Palmeirante e Tupiratins.
A obra - A usina hidrelétrica de Estreito terá potência de 1.087 mW. A previsão é de que o enchimento do reservatório seja iniciado em julho de 2010 e, em setembro do mesmo ano, comece a funcionar a primeira das oito turbinas geradoras. Só em 2011, ela vai operar com sua capacidade máxima. No pico das obras, em 2009, estima-se que serão gerados cerca de 22 mil empregos, entre diretos e indiretos. Serão atingidas 913 famílias na área urbana e 1.498, na zona rural e a área inundada é de 40 mil hectares.