Deputados repercutem ações do governo na área da saúde

Por DICOM
21/03/2012 15h17 - Publicado há 12 anos
Wanderlei Barbosa diz que oposição estava certa
Wanderlei Barbosa diz que oposição estava certa
Diretoria de Comunicação / HD
A recente decisão do Governo do Estado em rescindir parcialmente o contrato de prestação de serviços com a Pró-Saúde foi debatida pelos parlamentares na sessão desta terça-feira, dia 20, na Assembleia Legislativa. Os questionamentos começaram após pronunciamento do deputado Wanderlei Barbosa (PSB) ao afirmar que o governo reconheceu o erro ao terceirizar a saúde no Estado. “A situação em que se encontra o sistema de saúde no Tocantins prova que a bancada de oposição estava certa ao votar contra a proposta do Executivo, pois a saúde é um direito de todos e dever do Estado”, criticou o parlamentar socialista. Wanderlei acrescentou que a saúde no Estado é um caos e que o governo deve reconhecer isso e pedir desculpas às famílias que tiveram parentes vitimados por falta de atendimento adequado. “A iniciativa privada deve participar, mas em caráter complementar. O Estado deve assumir suas responsabilidades”, alertou. Para o deputado Stalin Bucar (PR), não basta rescindir o contrato. “Quero saber aonde foram parar os R$ 179 milhões pagos à Pró-Saúde”. A deputada Josi Nunes (PMDB) quis saber por que o modelo adotado pelo governo que tinha sido questionado foi adotado. “Por que resolveram reeditar o erro?”, questionou. No entendimento do deputado Eli Borges (PMDB), algumas decisões do governo foram equivocadas. “Modificaram as escalas, fizeram remanejamentos de funcionários para funções que não eram de sua competência e, para complicar a situação, não conseguem nem controlar as infecções hospitalares, o que resultou na interdição de parte da UTI do HGP”, argumentou o parlamentar peemedebista. Em defesa do governo, o deputado Marcello Lelis (PV) afirmou que o governador está preocupado e comprometido em encontrar uma solução para a Saúde. “O governo está tomando decisões buscando melhorar os serviços de saúde para a população como o retorno da administração do HGP para o Estado”, destacou. Para o líder do governo, deputado Osires Damaso (DEM), muitas críticas são infundadas, pois o problema da saúde não se restringe apenas ao HGP. “Cadê a participação do município?”, questionou para, em seguida, afirmar que na Capital há postos de saúde e policlínicas que não fazem o atendimento adequado. “Há uma série de questões que está relacionada às demandas e até mesmo aos profissionais da saúde que boicotam a gerência da Pró-Saúde”, sustentou Damaso. A deputada Solange Duailibe (PT), por sua vez, lembrou que a Prefeitura de Palmas repassa mensalmente R$ 3 milhões para o governo aplicar na saúde, mas que não está vendo resultados práticos quanto a essa questão. E a deputada Luana Ribeiro (PR) disse que o momento não é para levantar culpados pela precariedade da situação. “O necessário é resolver o problema; precisamos de ações concretas; chega de estudo e diagnósticos, o que a população precisa é de soluções”, defendeu a parlamentar. (Penaforte Dias e Maisa Medeiros).