Deputados devem acompanhar ações da UHE de Estreito

A criação de uma comissão parlamentar com o objetivo de acompanhar as negociações e as compensações as comunidades atingidas pela construção da Usina Hidrelétrica (UHE) de Estreito foi defendida pelo deputado Zé Roberto (PT) na sessão matutina desta quarta-feira, dia 21. O parlamentar afirmou que, em recente reunião com os assentados, recebeu denúncias de que o Consórcio Estreito Energia (Ceste), responsável pela implantação e operação da usina, não estaria cumprindo com os seus compromissos. “Ouvi muitas reclamações naquela comunidade. Está faltando até água potável”, relatou o petista. O deputado explica ainda que os assentados foram deslocados da proximidade do rio para áreas distantes e a Ceste não providenciou alternativas de captação da água, como a construção de cisternas, por exemplo. “Além de dependerem de carros-pipa, há também problemas de infiltração e falta de a assistência técnica para a produção de alimentos que é de responsabilidade do Ceste”, esclareceu. A usina De acordo com o site do Consórcio, em abril de 2005, o Ibama concedeu a Licença Prévia (LP) para a UHE Estreito, após analisar e aprovar o Projeto Básico Ambiental (PBA). O documento traz 39 programas ambientais que deverão ser desenvolvidos nas comunidades e na região, visando compensar as interferências sociais e ambientais ocasionadas pelo empreendimento. Para a construção da UHE, foi necessário o remanejamento de mais de 3.000 propriedades, o que inclui a aquisição de imóveis e o deslocamento de cerca de 2.000 famílias que residiam na área do atual reservatório e da área de preservação permanente. Os municípios abrangidos pela usina são Estreito e Carolina, Estado do Maranhão, e Aguiarnópolis, Babaçulândia, Barra do Ouro, Darcinópolis, Filadélfia, Goiatins, Itapiratins, Palmeirante, Palmeiras do Tocantins e Tupiratins, Estado do Tocantins. (Penaforte)