Programa Social do Governo é alvo de debate no Parlamento

Por DICOM
26/06/2012 12h28 - Publicado há 12 anos
Deputados reunidos no Plenário
Deputados reunidos no Plenário
Diretoria de Comunicação / HD
A decisão da Justiça Eleitoral de suspender, por meio de liminar, a execução dos programas sociais “Tocantins Sem Miséria” e “Tocantins Sem Fome” em três municípios do Estado, repercutiu nas discussões parlamentares da sessão desta quinta-feira, dia 21. A suspensão dos benefícios em Tocantínia, Miracema e Lajeado ocorreu depois que o Ministério Público Estadual (MPE) acusou o Governo de usar os programas para promover pré-candidatos. As ações foram criadas para atender a famílias de baixa renda com a distribuição de 50 e 70 reais por meio de cartão eletrônico. O debate começou quando o deputado Wanderlei Barbosa (PSB) se pronunciou sobre o assunto. Ele concordou com a decisão judicial e ressaltou que a suspensão das ações deveria envolver todos os municípios. “Defendo o fim dos programas do jeito que estão. Já que o Governo quer beneficiar a população, que os reformule aos moldes do executado pelo Governo Federal para atender melhor às famílias e descaracterize o cunho eleitoral”, sugeriu. Para os parlamentares Sargento Aragão (PPS) e Stalin Bucar (PR), a ação social foi criada com o propósito de alavancar a campanha eleitoral de prefeitos e vereadores que vão se candidatar à reeleição, apoiados pelo Governo. “O próprio Ministério Público detectou que a entrega desses cartões está sendo feita por esses candidatos. O benefício não está chegando a quem realmente necessita, mas somente a eleitores específicos, além de não resolver o problema da fome e iludir pessoas sem informação”, argumentou Stalin. Em defesa do Governo, o deputado José Bonifácio (PR) ressaltou que o programa é sério e que o cadastro foi colocado à disposição de todas as famílias de baixa renda com interesse em receber o benefício. “O governador iniciou um programa que está alimentando muita gente”, disse. Sobre o valor do benefício, criticado pelos parlamentares, que alegaram ser insuficiente, Bonifácio destacou que “tudo o que vem para beneficiar deveria ser elogiado”. (Maisa Medeiros)