Deputados debatem sobre a construção da Hidrelétrica do Estreito
Durante cerca de quatr4 horas de debate entre os deputados e o diretor do Consórcio Estreito Energia (Ceste), Antônio Luiz Abreu Jorge, na manhã desta quinta-feira, dia 22, na Assembléia, os parlamentares questionaram os prós e os contras da construção da Usina Hidrelétrica do Estreito em terras do Tocantins e do Maranhão. A deputada Luana Ribeiro (PR), autora da solicitação da vinda do diretor da Ceste, falou sobre a importância de o Legislativo acompanhar o processo para que a população realmente seja a maior beneficiada,"uma vez que a obra tem objetivo estratégico para a economia do Estado".
Antônio Luiz respondeu aos deputados questões sobre impacto ambiental, indenização dos atingidos pela construção da hidrelétrica, formas de geração de emprego e renda, detalhamento dos investimentos, destinação de impostos, conseqüências da inundação, desmatamento, efeito estufa, obras de infra-estrutura e implantação de projetos sociais, dentre outras.
Já os deputados constatou que, apesar de o Tocantins ter a maior área inundada, obterá menos benefícios com a obra do que os municípios maranhenses, já que o ICMS vai para o Maranhão, onde serão instalados os equipamentos. Os parlamentares comentaram também sobre a importância de rever essas questões antes da implantação da barragem.
Para o presidente da Casa, deputado Carlos Henrique Gaguim (PMDB), a Assembléia tem o dever de acompanhar a obra. "Por isso, estamos formando uma comissão para fiscalizarmos de perto a obra, de forma a contribuir para minimizar os impactos ambientais e sociais, como também prestar maiores esclarecimentos à população", afirmou.
O diretor Antônio Luiz declarou que considera legítimo o interesse dos deputados e espera que esta participação contribua para a realização do projeto. "Já estamos trabalhando em conjunto com as comunidades, ouvindo as prefeituras, câmara municipais, procurando atender a suas reivindicações", finalizou.