Audiência pública esclarece impactos da Hidrelétrica do Estreito

Por Diretoria de Área de Comunicação Social da AL / TO
22/08/2007 12h24 - Publicado há 17 anos
Audiência Pública na AL
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Diretoria de Comunicação / HD
No Dia Mundial na Água, comemorado hoje, dia 22, e, após várias discussões sobre os impactos causados pela construção da Hidrelétrica do Estreito ao Tocantins, o diretor do Consórcio Estreito Energia (Ceste), Antônio Luiz Abreu Jorge, esteve, nesta quinta-feira, no Legislativo, a convite da deputada Luana Ribeiro (PR), através de requerimento. O diretor da Ceste esclareceu sobre a execução da obra e respondeu aos questionamentos dos deputados. Ele informou que a potência total da hidrelétrica é de 1.087mw, que serão atingidas 913 famílias na área urbana e 1.498, na zona rural e, ainda, que a área inundada é de 40 mil hectares. Segundo a explanação, os investimentos na obra são na ordem de R$ 3,2 bilhões e geram 5.500 empregos diretos e 16.500 indiretos. O diretor enfatizou a preocupação com o meio ambiente e que, dentro do cronograma, está a reordenação urbana das áreas afetadas, o resgate do patrimônio arqueológico e a capacitação da mão-de-obra local em parceria com o Senai. Para Antônio Luiz, apesar dos impactos, a parceria, com entidades, como a UFT e a Embrapa, garante a melhoria social e cultural da região. “O desafio é fortalecer a agricultura irrigável, a criação de reserva extrativista de babaçu e do monumento natural das árvores fossilizadas”, ressalta outros benefícios. Outras informações prestadas pelo diretor da Ceste foram de que 70% das pessoas impactadas não possuem instrução educacional e contam com uma renda abaixo de um salário mínimo. Além disto, as famílias proprietárias de imóveis nos municípios contemplados pelo consórcio devem receber uma carta de crédito de 50 mil reais para a compra de um imóvel e mais 5 mil para implementação de insumos agrícolas. O acerto social acordado entre os municípios e os Estados envolvidos também foi citado na audiência pública. Antônio Luiz finalizou, agradecendo a oportunidade de esclarecer as reais condições de execução da Ceste e parabenizou a intenção do Legislativo em criar uma comissão para acompanhar a obra. “Esta comissão vai impedir que se cometam os mesmos erros ocorridos com a construção da Usina do Lajeado”, elogiou o diretor.