Criação de secretaria para defesa dos direitos das mulheres é defendida

Por DICOM
07/03/2013 19h22 - Publicado há 11 anos
(Imagem sem título)
(Imagem sem título)
Diretoria de Comunicação / HD
As mulheres tocantinenses precisam de uma secretaria estadual exclusiva para defender seus direitos no Estado. Esta e outras sugestões foram apresentadas na tarde desta quinta-feira, dia 7, durante a audiência pública sobre a violência contra as mulheres, realizada no Plenário da Assembleia Legislativa e presidida pela deputada Amália Santana (PT) que é vice-presidente da Comissão de Direitos da Mulher no Parlamento. Uma das idéias mais recorrentes no evento foi a necessidade de uma secretaria própria para o assunto. Para a professora de Comunicação, Cynthia Miranda, “é preciso uma secretaria com estrutura, orçamento e poder de decisão, além de uma pessoa à frente da pasta que tenha perfil adequado e diálogo com os movimentos sociais”. Outra idéia levantada foi a importância das campanhas de informação para as mulheres, especialmente quanto aos seus direitos. A interiorização dos serviços públicos de apoio ao segmento, como os Centros de Referência de Atendimento à Mulher, também foram cobradas da diretora de Assistência às Mulheres da Secretaria de Cidadania e Justiça, Vera Lúcia Xavier. Por sua parte, Vera relatou o quadro institucional de apoio ao segmento: 13 delegacias especializadas, oito delas em funcionamento, cinco centros de referência, mas apenas dois deles devidamente aparelhados. Vera relatou ainda a carência de pessoal que deve começar a ser sanada com a convocação de aprovados no último concurso. A audiência também contou com diversos depoimentos de vereadoras, promotoras de Justiça e líderes comunitários sobre as dificuldades diárias enfrentadas. O momento mais comovente do evento foi o relato da líder das quebradeiras de coco babaçu, da região do Bico do Papagaio, Dona Raimunda, que contou sua história pelo ângulo da luta pela emancipação feminina em meio ao machismo, à pobreza e à falta de instrução. Também participaram da audiência os deputados Zé Roberto (PT) e José Bonifácio (PR). (Glauber Barros)