Em reunião da Comissão de Segurança Pública, realizada na tarde desta quinta-feira, dia 9, foi realizada uma audiência pública com o objetivo de “propor diretrizes para a solução da onda de violência no Tocantins”, conforme palavras do autor do pedido do encontro, deputado Sargento Aragão, que também preside a comissão.
Um dos casos mais discutidos foi o recente assassinato de um policial militar em Araguaína. Aragão criticou a falta de policiais efetivos na noite do crime. Segundo ele, eram apenas oito para toda a cidade e a demora no atendimento da ocorrência foi de 22 minutos.
Presente à reunião, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Luís Claudio Benício, afirmou que haviam 20 PMs escalados para o patrulhamento da cidade, mas lamentou a demora no atendimento da ocorrência. “Essa não é a nossa orientação”, comentou.
Para o representante do Ministério Público Estadual, promotor Célio Sousa Rocha, é preciso “atacar o mal pela raiz e por seus frutos. A presença ostensiva do Estado é urgente”. Rocha ressaltou também a importância de ouvir a sociedade no processo de elaboração de políticas públicas para o setor.
A redução da maioridade penal foi outro ponto debatido. Ao se declarar a favor da medida, Aragão afirmou que a legislação atual favorece o crime já que os menores detidos podem ser soltos ao se tornarem maiores de idade, no que recebeu o apoio do deputado José Bonifácio (PR). Já para o promotor Célio Rocha, mais importante para a segurança pública é solucionar a morosidade da Justiça e a impunidade.
Outra queixa apresentada foi a falta de segurança dos fiscais da Receita Estadual nos postos de controle do Estado. Aragão também criticou o excesso de policiais que atuam em tarefas administrativas e que, para ele, deveriam estar nas ruas para proteger a população. Ele lembrou que as 300 vagas abertas para o concurso da PM são insuficientes para suprir a demanda de pessoal. (Glauber Barros)