CPI da telefonia realiza audiência pública em Arraias

Por Glauber Barros - AL
06/10/2013 10h09 - Publicado há 10 anos
Integrantes da CPI da Telefonia em Arraias
Integrantes da CPI da Telefonia em Arraias

 


O segundo dia do esforço concentrado da Assembleia Legislativa, Defensoria Pública, Ministério Público Estadual (MPE) e Procon rendeu ainda mais resultados do que o anterior. Nesta sexta-feira, dia 4, foi realizada, pela manhã, uma audiência pública na Câmara Municipal de Arraias e, pela tarde, a equipe de servidores que acompanha a CPI recebeu reclamações e orientou cidadãos no centro da cidade.

Na Audiência, a deputada Josi Nunes (PMDB), que preside a CPI, explicou ao prefeito de Arraias, Cacildo Vasconelos, vereadores e populares os objetivos e procedimentos da Comissão. Segundo a parlamentar, “em 18 estados há comissões semelhantes que fazem parte de um movimento nacional para pressionar a União por melhorias no setor”, disse Josi.

Josi apresentou ainda números que mostram que, de 2000 a 2012, os pontos de internet no Brasil cresceram mais de 9.000%, de 2 milhões para 20 milhões, e a receita das empresas subiu 257%. No entanto, os investimentos na estrutura da rede se elevaram em apenas 63% no mesmo período.

Em outro momento, a deputada explicou uma das razões para a má qualidade do sinal da telefonia no Brasil. Conforme mostrou, o País dispõe de 55 mil antenas, enquanto os EUA possuem 285 mil, ainda que a extensão territorial de ambos os países seja aproximada.

A carga tributária nacional é outro fator de incide sobre o preço do serviço. Josi informou que 47% do valor da conta que os brasileiros pagam são impostos. A média mundial é de 20%, e nos EUA essa proporção não ultrapassa 10%.

Da plateia, foi notável a participação popular. Como as intervenções do pedagogo Lingstonio Ferreira que criticou a morosidade do Governo com as operadoras.

Em seguida, a analista do Procon, Magda Luz, defendeu a entidade. “Em Palmas, há três fiscais para uma cidade com mais de 200 mil habitantes e que precisam atuar em todas as vertentes do direito do consumidor, não apenas com telefonia”, informou. (Glauber Barros)