Prejuízos do Igeprev voltam a ser assunto de debates

Por Glauber Barros- AL
07/11/2013 15h27 - Publicado há 10 anos
Votação da LDO foi transferida para a próxima sessão
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Benhur de Souza / HD / Mais imagens

Deputados governistas e da oposição voltaram a trocar acusações quanto à responsabilidade pelo quadro financeiro do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado (Igeprev) na tarde desta quarta-feira, dia 6. A entidade é alvo de investigações do Ministério da Previdência Social e da Polícia Federal por investimentos irregulares de recursos previdenciários dos servidores públicos do Tocantins.

Primeiro a se pronunciar, o deputado José Augusto (PMDB) relembrou de alguns dados apresentados, na audiência pública sobre o Igeprev, realizada na tarde desta terça-feira, dia 6, como os R$ 150 milhões “dados como perdidos”. O deputado Eli Borges (Pros) comentou que não só o governo do Estado realizou aplicações “temerárias” como ainda teria deixado de repassar verbas para o instituto neste ano.

Mais categórico, o parlamentar Zé Roberto (PT) criticou a ausência do presidente do instituto na reunião e disse não acreditar que os prejuízos tenham ocorrido apenas por má-gestão.

Entre os governistas, o deputado Stalin Bucar (SDD) sugeriu excesso em alguns colegas. Stalin disse que, quando fazia oposição, evitava pré-julgamentos para não cometer injustiças. Ele conclamou os colegas governistas a se posicionarem mais enfaticamente em defesa do Igeprev. 

Requerimento de CPI

Conforme anunciou na audiência desta terça-feira, o deputado Sargento Aragão (Pros) apresentou seu requerimento pela CPI do Igeprev. No entanto, a divergência sobre a pertinência da matéria gerou novos debates.

O presidente desta Casa de Leis, deputado Sandoval Cardoso (SDD), lembrou que há um pedido já apresentado pelo parlamentar Eduardo do Dertins (PPS) para investigar a Foz/Saneatins. Foi então que o deputado Freire Júnior (PV) alegou que o mencionado requerimento carece do número mínimo de assinaturas exigidas pelo Regimento Interno.

Também foi debatida a pertinência do momento da apresentação do pedido de Aragão, já que há duas CPIs em funcionamento na Casa, sobre a Telefonia e a Celtins, e o Regimento da Assembleia veda a possibilidade de uma terceira comissão simultânea.

Na oportunidade, o presidente Sandoval Cardoso informou que seria necessária uma consulta à assessoria jurídica do Parlamento para se posicionar sobre a demanda. (Glauber Barros)