Moradores de Caseara reclamam da falta de comunicação em assentamentos na CPI da Telefonia

Por Maisa Medeiros - AL
12/11/2013 15h59 - Publicado há 10 anos
No município a única operadora que disponibiliza o serviço de telefonia móvel, é a OI
No município a única operadora que disponibiliza o serviço de telefonia móvel, é a OI
Silvio Santos / HD / Mais imagens

A falta de sinal da Operadora Oi nos assentamentos de Caseara tem deixado a população insatisfeita. Foi o que declararam oito vereadores da cidade que participaram da audiência pública da CPI da telefonia, realizada no último sábado, dia 9. No município a única operadora que disponibiliza o serviço de telefonia móvel, fixa e internet é a Oi, mas os moradores reclamam que o celular só funciona no centro da cidade e são freqüentes os problemas de interrupções nas ligações, falta de conexão e cobrança de deslocamento devido ao fato de a cidade fazer divisa com o Estado do Pará.

Todas essas questões foram discutidas na audiência pública, presidida pela deputada Josi Nunes (PMDB), que também contou com a participação de  lideranças comunitárias e consumidores do serviço de telefonia. Durante o debate, os moradores reivindicaram a instalação de novas antenas para que a população da zona rural e dos 11 assentamentos, onde vivem mais de 50 famílias em cada um deles, tenha acesso ao serviço de telefonia móvel.

Estavam presentes os vereadores Cléber Pinto Cavalcante, Ivo de Assis, Gerivaldo Pereira, Francisco Neto, Isabel da Silva Fonseca, Joselito Dias Reis, Maria do Carmo e o presidente da Câmara de Caseara, Marcos Carvalho Lima. Na ocasião, Josi Nunes fez uma apresentação sobre os principais pontos da investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), entre elas os investimentos realizados no Tocantins em telefonia, a fiscalização da Anatel sobre a qualidade dos serviços oferecidos, assim como a flexibilização da legislação na área.

O eletricista Odilon Alves Martins que participou da discussão declarou estar insatisfeito com o monopólio da operadora Oi na cidade. “Deveríamos ter o serviço de no mínimo três operadoras para ter um atendimento mais adequado. Aqui a antena fica instalada em um assentamento para dividir o sinal com Araguacema e Caseara, e em nenhum lugar o celular funciona direito. Precisamos de uma atitude com relação a esses problemas e temos esperança que, com a CPI da Telefonia, essas questões sejam solucionadas”, destacou o morador de Caseara.

Segundo a presidente da CPI da Telefonia, a intenção é analisar todas as informações, críticas e reclamações das comunidades consultadas e apresentá-las em uma  audiência com a presença de representantes da Anatel e órgãos parceiros para formalizar um termo de ajuste de conduta para que os problemas sejam resolvidos. A previsão da deputada é de que os trabalhos da CPI  sejam finalizados até 15 de dezembro com o relatório final.

“O que motivou a instalação da  CPI foi o grande número de reclamações  sobre telefonia no Procon,  e os tributos que chegam a 44% nas contas telefônicas. Nosso papel é alertar os consumidores desses abusos, por isso precisamos dessas ações concretas para reduzir essas taxas e melhorar o serviço”, enfatizou  Josi Nunes.

Na tentativa de receber uma orientação, o professor Neuri Meyer procurou a tenda da CPI da Telefonia para registrar sua reclamação. Ele comentou que contratou um plano para realizar ligações para telefone fixo, celular e internet, mas que todo mês a cobrança é de um valor muito acima do negociado. “Não sei mais o que fazer, me ofereceram um serviço com valor fixo e estão me cobrando um valor muito diferente. Agora quero cancelar esse plano e, quando ligo na operadora, ninguém resolve meu caso”, desabafou o professor de Caseara. (Maisa Medeiros)