Deputados estaduais cobram ações do Governo

As discussões parlamentares da sessão matutina desta quarta-feira, dia 5, tiveram como principal foco a mensagem do governador lida pelo chefe da Casa Civil, Renan de Arimatéia, na sessão de abertura dos trabalhos legislativos. O assunto começou a ser debatido quando o deputado Zé Roberto (PT) subiu à tribuna para questionar a falta de ações e obras do atual Governo.

Em seu discurso, o deputado pontuou ações prometidas pelo Governo durante campanha, como os programas Médico na Porta e Poupança Jovem, a construção de 200 escolas, 18 hospitais regionais, 51 mil casas populares, além de 2.400 km de asfalto. Outras propostas enumeradas foram a criação do Banco da Gente Rural para atender produtores, a ampliação do programa Pioneiros Mirins e ainda o combate ao crack.

“A administração estadual diz ter feito mais obras em três anos do que o realizado nos oito anos anteriores. Onde estão essas obras? E as promessas de campanha que não foram cumpridas, como ficam?”, questionou Zé Roberto.

Quem também teceu críticas foi o deputado José Augusto Pugliese (PMDB). Ele destacou a falta de investimentos e os excessivos gastos com folha de pagamento de servidores contratados. “De que adianta fazer concurso e não chamar? Enquanto isso, as nomeações estão acontecendo. E os hospitais que disseram que iam construir? Até no HGP, o maior hospital, o que vemos são arranjos mal feitos como aqueles barracos de lona”, salientou.

O parlamentar José Bonifácio (PR) salientou que o Executivo, apesar de não ter cumprido ainda todas as promessas de campanha, realizou muitas ações que não prometeu, a exemplo de progressões de policiais, valorização de servidores da Adapec e pavimentação de estradas que não estavam no cronograma.

O primeiro-vice-presidente da Casa, Osires Damaso (DEM), também defendeu o Governo durante a discussão, mencionando que mais de 50% do previsto já foi feito pela atual gestão. Ele relatou que muitas ações importantes serão executadas ainda neste ano.

O deputado Wanderlei Barbosa (SDD), por sua vez, considerou que as críticas fazem parte do processo democrático e que o Executivo não precisa de defesa, porque trabalha e realiza as ações de que a população necessita. (Maisa Medeiros)