Parlamentares debatem greve da educação estadual

Por Elpídio Lopes -AL
26/03/2014 11h52 - Publicado há 10 anos
Josi quer logo o fim da greve dos educadores
Josi quer logo o fim da greve dos educadores
Ises Oliveira / HD / Mais imagens

Da tribuna na sessão desta terça-feira, dia 25, a deputada Josi Nunes (PMDB) fez um pronunciamento sobre a atual greve dos servidores da educação estadual. No debate que se seguiu, a parlamentar afirmou que a qualidade dos trabalhos nas escolas ficará inviabilizada, caso a pauta de reivindicação não seja atendida.

Segundo Josi, os servidores querem a regularização dos repasses financeiros do Executivo às unidades escolares, medida que, de acordo com ela, “está defasada desde o início do atual Governo”.

Outras pautas contemplam realização de eleição direta para diretores escolares, cumprimento e adequação do Plano de Cargos e Carreiras dos Servidores da Educação (PCCS), entre outros. A legisladora enfatizou que todos os parlamentares, principalmente os da bancada do Governo, se mobilizem para evitar que a greve se prolongue.

Em nome do Executivo, o deputado Stalin Bucar (Solidariedade) disse que, apesar de o direito a greve ser legal, os servidores estão fazendo um movimento com conotação política. “Concordamos com a greve, desde que não haja ingerência política, como a que o presidente do Sintet promoveu ao levar manifestantes para um ato político”, mencionou.

Stalin afirmou que a administração estadual trabalha para resolver os problemas dos educadores. “Esta classe é muito respeitada pelo governador Siqueira Campos (PSDB), tanto que este é o Estado que mais bem remunera professores em todo o país, com um valor que ultrapassa R$ 3.000 por mês”, declarou.

Ele disse ainda que, com o intuito de atender à categoria, o Executivo já apresentou propostas e marcou uma reunião com os grevistas para o dia 31 de março, a fim de discutir a referida pauta. Por sua vez, Josi rebateu, lembrando que o salário dos professores foi concedido pelo ex-governador Marcelo Miranda (PMDB) mediante luta da classe.

“Os servidores da educação estão à procura de melhores condições de trabalho e é impossível menosprezar um movimento com cerca de 22 mil pessoas reivindicando seus direitos”, destacou Marcello Lelis (PV). O deputado Zé Roberto (PT) também se solidarizou com os que defenderam a mobilização da educação estadual. (Elpídio Lopes)