Parlamentares debatem renúncias no Executivo

Por Elpídio Lopes -AL
08/04/2014 16h47 - Publicado há 10 anos
Marcelo Lelis não concorda com a renúncia do Vice-Governador
Marcelo Lelis não concorda com a renúncia do Vice-Governador
Clayton Cristus / HD

O debate sobre a renúncia do ex-governador Siqueira Campos (PSDB) e de seu vice João Oliveira (DEM) ocupou grande espaço na sessão ordinária desta terça-feira, dia 8. O deputado Marcello Lelis (PV) foi quem puxou a discussão sobre os dois afastamentos. O pevista falou primeiro de problemas estruturais do Estado, conhecidos em visitas de seu partido aos municípios tocantinenses, onde não se viu a presença de obras do governo.

Lelis entende que o projeto pessoal do ex-governador prevaleceu na decisão dele e do vice João Oliveira. Para o deputado, a renúncia do governador é compreensível. “Mas o que é impossível explicar é a renúncia antecipada do vice-governador”, estranhou Marcello.

O parlamentar ainda questionou “o que faria um homem que se dedicou à vida política, prestes a ocupar o cargo de chefe do Poder Executivo, renunciar ao cargo? Esta é uma pergunta que não vou responder, mas não tenham dúvida de que está sendo respondida em cada esquina, em rodas de conversas, em cada canto do nosso Estado”, previu.

Lelis disse também que, num primeiro momento como boicote, imaginou não participar do pleito indireto nem mesmo votando na disputa, mas, após ter percebido a indignação da população estadual, decidiu se colocar como pré-candidato e defender que mais deputados concorram às indiretas. “Assim promoveremos um debate sobre este momento crítico da política tocantinense”, justificou.

Outros que criticaram o ato foram os parlamentares Zé Roberto (PT), Eli Borges (Pros), Josi Nunes e José Augusto (PMDB).  O petista pediu que o governador interino, deputado Sandoval Cardoso (Solidariedade), tenha a postura de não-submissão ao ex-governador.

Quem defendeu a renúncia por entender que foi uma decisão legal e de foro pessoal foram os deputados José Bonifácio (PR), Wanderlei Barbosa (Solidariedade), Ricardo Ares (PSB), Carlão da Saneatins (PSDB), entre outros. (Elpídio Lopes)