Deputados voltam a questionar Bonilha sobre crise na Saúde

Por Glauber Barros - AL
19/05/2015 12h55 - Publicado há 9 anos
Secretário estadual de saúde apresenta relatório aos deputados
Secretário estadual de saúde apresenta relatório aos deputados
Benhur de Sousa / HD / Mais imagens
O secretário estadual de Saúde, Samuel Bonilha, voltou a ser questionado sobre o andamento das obras dos hospitais regionais em audiência pública realizada na tarde desta segunda-feira, dia 18. O tema da reunião era a apresentação do Relatório Anual de Gestão de 2014, o que de fato ocorreu pela voz da superintendente de planejamento do SUS, Luísa Regina. No entanto, quando aberto para perguntas, o evento canalizou a inquietação dos deputados com o quadro da saúde pública, uma vez que voltaram a ser discutidas questões abordadas em audiência anterior, realizada no começo do mês.

Uma das questões refere-se a um contrato de financiamento da Secretaria de Saúde (Sesau) com o Banco do Brasil. O deputado Olyntho Neto (PSDB) comentou que o Estado dispõe de um empréstimo de R$ 150 milhões que poderia ser usado para terminar obras paradas em Miracema e Araguaína.

Bonilha disse que visitou o Banco do Brasil desde a última audiência e que o órgão alegou não poder liberar o recurso por restrições do Estado com a Secretaria do Tesouro Nacional. O líder do governo, deputado Paulo Mourão (PT), esclareceu que, originalmente, o empréstimo se dirigia à Saúde, mas que seu destino foi modificado e parcialmente aplicado em obras de recuperação asfáltica pela administração de Sandoval Cardoso (SD).

“Uma obra cuja vida útil é de quatro anos e cujo pagamento vai levar dez, quinze anos, é um investimento improdutivo. É isso que não podemos repetir”, disse Mourão. Já a deputada Luana Ribeiro (PR) defendeu a modificação. Para ela, muitos problemas respiratórios surgem da falta de asfalto, por sua vez fator de risco para acidentes de trânsito que lotam os leitos dos hospitais.

Sobre as demais obras, Bonilha informou que a reforma do Hospital Geral de Palmas (HGP) ainda vai custar mais R$ 60 milhões, além dos R$ 13 milhões de que o Estado dispõe atualmente. Ainda de acordo com o secretário, a empreiteira mantém 30% dos funcionários na obra.

O secretário afirmou que o Hospital de Augustinópolis está em seu andamento regular, mas que, para as obras da Sesau em Araguaína e Miracema, o Estado dispõe de recursos insuficientes e busca saídas junto a órgãos oficiais de crédito.

Luana Ribeiro (PR) relatou ter recebido informações de servidores do Hospital Dona Regina de que pacientes estão à espera de cirurgia há 45 dias. Ela cobrou a visita de um grupo de trabalho cuja criação foi combinada na audiência de março. Informada pela presidente da Comissão de Saúde, deputada Valderez Castelo Branco (PP), de que o grupo não recebeu todas as indicações de seus membros e que, portanto, não está formado, Luana avisou que visitará o HGP e o Dona Regina pessoalmente.

A audiência foi encerrada com mais um anúncio de reunião do secretário para apresentar os dados do primeiro quadrimestre de sua gestão.