CPI ouve última testemunha e relatório deve sair na próxima semana

Em fase de conclusão dos trabalhos, a CPI da Saúde ouviu, na manhã desta quarta-feira, dia 13, a sua última testemunha antes da entrega do relatório final. O ex-secretário de Saúde, Henrique Barsanulfo Furtado, prestou esclarecimentos e falou sobre supostos questionamentos realizados pelo Ministério da Saúde durante sua gestão, relacionados à prestação de contas de seu antecessor, Eduardo Medrado. Henrique Furtado havia sido acusado por Medrado, em depoimento prestado à comissão, no último dia 30, de não haver prestado os devidos esclarecimentos ao Governo Federal, referentes à prestação de contas da gestão anterior, condenando o Estado a devolver os recursos oriundos dos convênios para a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Amparado por um ofício enviado pelo atual secretario de Saúde, Eugênio Pacelli - que afirmou ter “procedido buscas” e não ter “encontrado nenhuma diligência proveniente da Funasa não respondida durante a referida gestão” - Furtado informou que vai oficializar ao seu antecessor o pedido de uma cópia do suposto documento que o acusa de falta de esclarecimentos ao Governo Federal. “Fizemos uma busca junto com o atual secretário e concluímos que, durante o período em que estivemos dentro da secretaria, todas as informações foram prestadas. Entregamos esta pesquisa à CPI e esclarecemos devidamente a ação”, resumiu Furtado. Sobre a gestão de Eduardo Medrado, o ex-secretário disse não ter condições técnicas para analisar se houve falha na execução dos convênios firmados com a Funasa e elogiou seu antecessor. “Medrado foi um gestor extremamente responsável e a certificação da erradicação da doença de Chagas, expedida pela Organização Mundial de Saúde, foi muito importante”, afirmou Furtado. Para o relator da comissão, deputado Eduardo Machado (PDT), a CPI já reúne todas as informações necessárias para a conclusão dos trabalhos. “Acreditamos que o relatório já possa ser entregue na semana que vem. Vamos encaminhá-lo ao presidente da Casa, para ser lido em plenário, e depois enviaremos aos órgãos competentes”, disse Machado.