Wanderlei critica substituição de professores em creches de Palmas

Por Maisa Medeiros-AL
06/07/2015 11h53 - Publicado há 9 anos
Wanderlei Barbosa questiona projeto aprovado na Câmara Municipal de Palmas
Wanderlei Barbosa questiona projeto aprovado na Câmara Municipal de Palmas
Clayton Cristus / HD

O deputado Wanderlei Barbosa (SD) usou a tribuna na sessão desta quinta-feira, dia 2, para comentar um projeto polêmico aprovado ontem, dia 1º, na Câmara Municipal de Palmas. A medida estabelece o programa Educacional de Salas Integradas e cria 320 cargos de monitores de desenvolvimento infantil e mais 50 de monitor de atividade ampliada com exigência apenas de nível médio. Segundo o parlamentar, esses cargos seriam criados para substituir professores do magistério demitidos no mês de junho. Os professores exerciam funções no Sistema de Educação Infantil do Município de Palmas.

Para Wanderlei, a substituição é inadmissível, pois os monitores não têm capacitação adequada para ocupar o cargo e educar as crianças. “A fim de resolver um problema de ordem financeira, desqualificam a educação nas creches da capital, uma vez que o projeto prevê a contratação de apenas um professor por sala e os outros cargos serão substituídos por monitores. Os professores recebiam cerca de 1.900 reais e esses ‘cuidadores’ serão contratados por um salário de 800 reais. Quero saber se esses 630 contratos expirados no mês passado serão restabelecidos em agosto”, questionou.

O deputado Valdemar Júnior (PSD) também lamentou a aprovação da matéria. “A medida empobrece o processo de educação nas creches da capital, onde as crianças recebem atendimento adequado”, disse. Ao criticar a iniciativa do governo municipal, José Bonifácio (PR) por sua vez afirmou que a medida só desvaloriza os servidores da área.

Ricardo Ayres (PSB) discordou, contudo, do descontentamento geral, sob a alegação de que o trabalho dos monitores em questão será realizado com a supervisão de profissionais da área e que os cargos também contarão com bolsa financeira no valor de 600 reais paga pelo Governo Federal através do programa Mais Educação. (Maisa Medeiros)