Deputados criticam restrição de público em abertura dos Jogos Indígenas

A falta de acesso da população ao evento de abertura dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, ocorrido na última sexta-feira, dia 23, em Palmas, com a presença da presidente Dilma Rousseff (PT), foi um dos principais assuntos repercutidos na sessão desta terça-feira, dia 27.
O deputado Wanderlei Barbosa (SD) criticou a decisão oficial de permitir somente a entrada de convidados no local. “É lamentável a impopularidade, em um evento mundial, o primeiro em Palmas, que deveria ser de acesso a toda a população, assim como todos os jogos ocorridos no Brasil. Como organizar uma cerimônia desse porte e não admitir a entrada do povo da própria cidade-sede?”, questionou.
Outro assunto abordado por Wanderlei foi a inadequação da estrutura e a falha na previsão de público. “Como fazer uma arquibancada que acomoda menos de 10% da população de Palmas, e o público de outros Estados e países? Não consigo entender essa matemática,” comentou.
Em defesa da gestão municipal organizadora, o deputado Ricardo Ayres (PSB) enfatizou que os problemas ocorridos são comuns a qualquer evento. Ele parabenizou a prefeitura de Palmas por ter conseguido realizar os jogos mundiais e possibilitar ao Tocantins uma repercussão e visibilidade de grande relevância.
Presidente da Assembleia Legislativa, Osires Damaso (DEM) ressaltou a importância do momento, mas lamentou o fato de a abertura ter sido restrita a convidados. “É uma pena um evento não ser aberto ao público. Sabemos da satisfação que todos teriam em participar da abertura, mas tal não foi o entendimento da organização”, afirmou.
O parlamentar Eduardo Siqueira Campos (PTB) considerou como “inadequado” o local escolhido para a ocasião. “A abertura teria ficado mais bonita e acomodaria um público muito maior se tivesse sido feita no estádio Nilton Santos. Ela sempre é realizada em estádios e nós temos um. Não entendi por que fizeram diferente”, enfatizou. (Maisa Medeiros)