Médico diz à CPI que sofreu represálias

Por Diretoria de Comunicação da Assembléia/TO
22/08/2007 12h24 - Publicado há 17 anos
Deputado Eli Borges
Deputado Eli Borges
Diretoria de Comunicação / HD
Em depoimento prestado à CPI da Saúde, na tarde desta terça-feira, dia 21, na Assembléia Legislativa, o médico sanitarista da Funasa, Antônio Carneiro Júnior, afirmou ter sofrido represálias da Secretaria de Saúde do Estado (Sesau) ao denunciar a retirada de suprimento de fundos em seu nome, em outubro de 1997, no valor de 20 mil reais, supostamente sem sua autorização e conhecimento. O médico disse que ficou sabendo da existência do suprimento, através de um amigo que trabalhava, na época, no Tribunal de Contas do Estado e o alertou. Após denunciar o fato, Antônio Carneiro informou que sofreu represálias que culminaram em seu afastamento da Sesau. Durante o período em que prestou serviços para a secretaria, o médico disse, também, que se recusou a assinar o relatório de prestação de contas dos convênios 173/97 e 174/97 que informava que as ações de controle da doença de Chagas e do Calazar estavam 100% executadas. Os dados eram, segundo ele, diferentes dos apontados pela Secretaria Executiva de Endemias, cujos membros afirmaram que o programa praticamente não saiu da estaca zero. O relatório da secretaria-executiva, segundo Antônio Carneiro, foi entregue à Sesau na época, mas nenhuma providência foi tomada. Para o presidente da CPI, deputado Eli Borges (PMDB), a testemunha foi coerente ao reconhecer que as metas do convênio não foram cumpridas. Eli disse que o depoimento foi esclarecedor e trouxe novos fatos às investigações.