Produtores pedem apoio aos parlamentares para garantir transporte de soja na Capital

Tal regulamentação deve-se à previsão de que centenas de caminhões, carregados com a safra de soja de 2015, deverão usar as vias urbanas da cidade, passando pela ponte Fernando Henrique Cardoso, com destino ao grande armazém de grãos da empresa VLI (Valor da Logística Integrado), situado no pátio multimodal da Ferrovia Norte Sul, em Luzimanges.
Entre as medidas propostas a que mais preocupa os produtores de soja é a proibição de circulação de caminhões no interior das quadras da capital. Para a prefeitura, a medida é necessária porque os veículos pesados vão danificar o asfalto e os esgotos de ruas e avenidas da cidade, além de trazer insegurança aos seus moradores.
Já os produtores dizem que o decreto, nos termos do prefeito, vai comprometer o escoamento da produção, gerar prejuízos às empresas, causar desemprego e, consequentemente, o aumento do preço dos produtos que serão repassados ao consumidor.
“Entendemos a preocupação do prefeito, mas a solução não pode ser simplesmente impedir o trânsito dos caminhões. Há alternativas e nos queremos negociá-las. Por isso estamos aqui em busca do apoio dos deputados para chegarmos a uma solução equilibrada”, disse o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Tocantins (Aprosoja), Ruben Ritter.
Os deputados, de um modo geral, defendem uma solução negociada, “pois a classe produtora não pode ser penalizada por falta de infraestrutura”, segundo eles. Entre as soluções apontadas pelo grupo está a construção de uma via provisória (tipo corredor de caminhões), na capital, que permita a circulação dos veículos e a construção, em médio prazo, de um anel viário (previsto pelo governo do estado) que atenda definitivamente à demanda do transporte na região. “Vamos procurar o prefeito, pois a questão é urgente e precisamos encontrar uma solução”, prometeu o deputado Ricardo Ayres (PSB).