CPI do Narcotráfico apresenta relatório parcial
Durante a leitura do relatório parcial da CPI do Narcotráfico divulgado na noite de ontem, dia 12, o relator da comissão, deputado Sargento Aragão (PPS) informou que "pessoas acima de qualquer suspeita colaboraram para o sucesso das megas operações do tráfico internacional de drogas ocorridas no Tocantins". Segundo ele, policiais, comerciantes, profissionais da saúde e agentes políticos participaram de transações ilícitas de aquisição, transporte e distribuição de entorpecentes no Estado.
Aragão afirmou que as investigações devem seguir adiante, já que todas as informações levantadas pela CPI serão encaminhadas ao Ministério Público Federal. O relator confirmou, ainda, que o procurador da República, Mário Lúcio Avelar, garantiu que fará um dossiê contendo as provas cabíveis contra alguns investigados.
Já o presidente da CPI, comentou que "o conjunto de informações indica o crime organizado e o tráfico de armas, além de roubo de carros na Região do Bico do Papagaio". Em seu pronunciamento, José Santana citou os municípios de São Miguel, Sítio Novo, Axixá, Augustinópolis e Tocantinópolis. Outras cidades como Colméia, Alvorada, Gurupi, Guaraí e Palmas também foram citadas.
Em relação a Parceirinho, o presidente Santana disse que, de acordo com o depoimento de Mário Lúcio Avelar, o traficante seria um possível sucessor de Leonardo Mendonça na América do Sul, já que "tinha a cobertura de pessoas influentes".
Ao finalizar a leitura do relatório parcial da CPI do Narcotráfico, Santana concluiu que nestes seis meses "a comissão cumpriu o papel institucional assegurado pela responsabilidade com a verdade dos fatos". O relatório final da CPI deve ser divulgado nos próximos dias, segundo o presidente José Santana.