CPI será prorrogada em 60 dias

Por Diretoria de Comunicação da Assembléia/TO
22/08/2007 12h24 - Publicado há 17 anos
CPI do Narcotráfico
CPI do Narcotráfico
Diretoria de Comunicação / HD
O relator da CPI, deputado Sargento Aragão (PPS), apresentou um requerimento que pede a prorrogação do prazo para o encerramento dos trabalhos da comissão em 60 dias, período estipulado pelo Regimento Interno da Casa. O requerimento foi apresentado durante a sessão ordinária de hoje, dia 5, e aprovado na sessão extraordinária subseqüente. A CPI que encerraria seus trabalhos no próximo dia 12 prosseguirá até o dia 10 de setembro. O relator garante que os membros irão trabalhar durante todo o mês de julho, ainda que estejam em período de recesso parlamentar e em campanha eleitoral. “Quem atende ao povo tocantinense não se pode furtar ao seu papel”, reitera. Aragão explica que a prorrogação do prazo tornou-se necessária para que os depoimentos possam ser feitos e que as testemunhas ainda não depuseram por estarem com medo e aguardavam a chegada de um delegado solicitado pela CPI. Porém, as negociações com a Polícia Federal prosseguem e o presidente da comissão, deputado José Santana (PT), espera que o delegado colabore com os trabalhos já na próxima semana. Assim que o delegado chegar, será elaborado um cronograma de trabalho para que ele possa colaborar com alguns focos de investigações mais complexas, além de dar proteção às testemunhas que devem depor ainda este mês. “Os depoimentos estão condicionados à garantia de segurança das testemunhas”, afirma Santana, acrescentando que “essas audiências vão fechar as conclusões acerca das suspeitas existentes”. “Investigação sobre tráfico de entorpecentes é uma das mais difíceis de ser feita no mundo”, completa o presidente. Quebras de sigilo Outro motivo que levou à prorrogação do prazo foi que alguns documentos solicitados ainda não chegaram, como os que devem vir das Polícias Federal de Goiás e do Tocantins e as quebras de sigilo bancário. A empresa Vivo enviou extrato telefônico de Misilvan Chavier dos Santos, o Parceirinho. E mais ofícios enviados por bancos chegaram à CPI, porém nenhum com resposta positiva, ou seja, com o envio de extrato bancário de Parceirinho e de Elenita Leite de Sousa. Os bancos Guanabara S.A, Citibank, BM&F, Volkswagen S.A, HSBC, Lloyds TSB Bank PLC, Bicbanco, Banpará, Ourinvest, Calyon, BRB, Cargill e Deutsche Bank informaram que Parceirinho e Elenita não são seus clientes. A Caixa Econômica Federal e o Banco Votorantim informaram apenas que Elenita não é sua cliente. Já o Rabobank, BPN Brasil e o Itaú informaram que Parceirinho não é seu cliente.