Assembléia não vai parar durante a campanha eleitoral

“Temos uma missão constitucional. Todos os parlamentares têm a responsabilidade de zelar por aquilo que é de interesse público. Não podemos parar o governo por causa de uma eleição e muito menos deixar de debater, nesta Casa, os interesses maiores da população. O povo do Tocantins pode ficar extremamente tranqüilo, porque este Parlamento não faltará com a sua missão”, garante o presidente da Assembléia Legislativa, deputado César Halum (PFL). Ele explica que as bancadas devem entrar em acordo, para que se possa proceder à campanha e todas as matérias sejam votadas. “Nós também temos direito à campanha, já que somos julgados a cada quatro anos pela população, diferentemente dos que têm cargos vitalícios e não disputam eleição”, compara Halum. Ele acrescenta que, devido às muitas mudanças sofridas no processo eleitoral, será preciso intensificar o corpo a corpo na campanha, sem impedir, no entanto, que sejam cumpridas as obrigações parlamentares. Bloco oposicionista O deputado Raimundo Moreira (PSDB), que faz parte do bloco da União do Tocantins, acredita que os utistas irão conciliar o trabalho legislativo com o de campanha e que a Assembléia não sofrerá prejuízo. “Naturalmente, para isso, é preciso responsabilidade da Casa, sem que haja prejuízo para as matérias que estão em tramitação, nem com o trabalho político junto às bases eleitorais. Estamos prontos a colaborar neste sentido”, afirma Moreira. Bancada de linha independente “A bancada do PT continuará a seguir uma linha independente e a votar com responsabilidade os projetos do governo”, diz o deputado José Santana (PT). Quanto ao andamento dos trabalhos da Casa, ele cita como exemplo a CPI do Narcotráfico, presidida pelo petista, que deve prosseguir com os depoimentos durante o mês de julho, concomitantemente ao processo eleitoral. Candidaturas Todos os parlamentares em exercício atualmente disputarão o pleito deste ano. Com exceção dos deputados Palmeri Bezerra e José Augusto, do PMDB, Laurez Moreira e João Oliveira, do PFL, Vicentinho Alves, do PSDB, e José Santana, do PT, que brigarão por vagas na Câmara Federal, e de Paulo Sidnei (PPS), que é candidato a vice-governador pela chapa majoritária do governador Marcelo Miranda (PMDB), os outros 17 parlamentares tentarão a reeleição.