Nota de esclarecimento
O presidente da CPI do Narcotráfico, deputado José Santana (PT), esclarece que não são verdadeiras algumas afirmações da reportagem publicada pelo Jornal do Tocantins, neste dia 22 de junho, intitulada Para Santana, falta de quorum prejudica CPI.
Ao contrário do que foi veiculado pelo Jornal, Santana não disse que a colaboração entre os membros da comissão não tem sido tão grande, nem que ele mesmo fará um relatório, independentemente do documento do relator da CPI.
Além disso, ele e o relator da comissão, deputado Sargento Aragão (PPS), explicam que não foi compreendido pela reportagem que as sessões e as reuniões administrativas caracterizam-se como uma etapa do trabalho de investigação parlamentar, e não a sua completitude, apesar de tal esclarecimento ter sido notificado em e-mail à redação do Jornal pela assessoria da comissão, reproduzido abaixo:
Relatório
· Sessões da CPI do Narcotráfico
14 de março, 21 de março, 29 de março, 16 de maio, 7 de junho
· Reuniões administrativas
12 de abril, 25 de abril, 10 de maio, 24 de maio, 31 de maio, 14 de junho
· Reuniões suspensas, por estarem os deputados em diligência pelo interior do Estado ou de outros Estados da Federação
4 de abril, 19 de abril, 3 de maio
· A reunião de 21 de junho foi adiada para 22 de junho
O deputado José Santana (PT), presidente da comissão, pontua que as sessões deliberam os pontos da pauta e as reuniões administrativas definem as estratégias de ação.
Sempre que nós temos a presença dos membros da comissão, fazemos reuniões administrativas. Só há sessão quando é preciso deliberar, explica Santana. Caso não haja necessidade, as investigações prosseguem sem a realização de reuniões.
Ele ainda relembra a outra nota de correção, solicitada ao veículo, que foi ignorada:
Solicitamos uma correção referente ao que foi publicado na matéria do dia 1° de junho de 2006, sob o título Sigilo de Parceirinho será divulgado em 15 dias. A matéria, transcrita parcialmente abaixo, afirmou que o dinheiro seria para corromper agentes públicos no Tocantins:
A CPI suspeita que boa parte do dinheiro que Parceirinho ganhava com o tráfico de drogas era utilizada para a compra de influência no Estado. A comissão teria indícios de que Parceirinho teria movimentado pelo menos R$ 1 milhão para corromper agentes públicos no Tocantins. As suspeitas seriam reforçadas por documentos encaminhados à CPI pela
Polícia Federal e pela Justiça. Até agora são apenas indícios e que precisamos investigar mais a fundo, comentou Santana.
Todavia, o presidente da CPI do Narcotráfico, deputado José Santana (PT), esclarece que, conforme documentos recebidos pela CPI, "já foi descoberto que houve movimentação acima de R$ 1 milhão nas contas pessoais de Parceirinho". "Ele passava dinheiro para outras pessoas; só conhecemos os prenomes de alguns. Os nomes poderão ser descobertos com a quebra do sigilo bancário", completa.
Não há como asseverar, portanto, que eles são agentes públicos, nem que teriam sido corrompidos.
O presidente aguarda o direito de resposta que foi solicitado ao veículo.